O número de pessoas que trabalha em entregas e como motoristas de aplicativos que bateu recorde com jornadas de trabalho de até 16h diárias. Os dados também incluem taxistas, motoristas e trocadores de ônibus. O aumento foi de 29,2% em 2018, chegando ao recorde de 3,6 milhões.
São 810.000 pessoas a mais no comparativo com 2017. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada em dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram publicados no El País.
Morador do Jardim Peri, na zona Norte de São Paulo, John Erick da Silva, de 34 anos começou a trabalhar como motorista de Uber. Financiou um carro em 60 meses e hoje chega a trabalhar até 16 horas por dia para pagar as contas no fim do mês.
Desde então, nunca mais tirou férias. “É um serviço quase em tempo integral. Trabalho de domingo a domingo, só paro no rodízio do meu carro na quinta-feira”, relata.
De acordo com as estatísticas, também houve alta na quantidade de pessoas trabalhando em local designado pelo empregador, patrão ou freguês, grupo que inclui os entregadores a bordo de motos e bicicletas, muitos recrutados por aplicativo.
O número desses trabalhadores subiu quase 10% em relação a 2017, chegando a 10,1 milhões em 2018. Foi a maior alta desde 2012. Em um ano, 905 mil pessoas optaram por esse tipo de emprego. Jornal da Chapada com informações do site Brasil 247.