Mais uma vez, o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, será marcado por protestos em todo país. Neste ano, o ‘grito’ das mulheres será contra Jair Bolsonaro (sem partido), pelo fim da violência contra mulheres, contra o feminicídio, por democracia e por igualdade de gênero em ao menos 48 países. Pelo menos 34 protestos estão marcados para cidades brasileiras, como Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. No Brasil, os protestos também são pautados por críticas a medidas do governo do presidente Jair Bolsonaro, como a reforma da Previdência, e homenagens à vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada a tiros em 2018.
Chamadas de 8M ou Greve Internacional de Mulheres, as manifestações já começaram em diversas cidades fora do Brasil, como Atenas, Paris e Istambul. O Coletivo Juntas, de mulheres contra Bolsonaro, fará ato de repúdio ao insulto de conotação sexual que o chefe do Palácio do Planalto fez contra a repórter da Folha de S.Paulo, Patrícia Campos Mello. Com informações da coluna Painel, da Folha.
Motivos para protestar não faltam
Nos 26 estados e na capital federal estão programados mobilizações e atos políticos e culturais para as mulheres demonstrarem as insatisfações com as medidas do governo, que impactaram a vida de milhões de pessoas, mas principalmente das mulheres, negras, pobres e periféricas. Bolsonaro, em apenas um ano, promoveu uma verdadeira destruição e políticas públicas essenciais.
Ele acabou com a Política de Valorização do Salário Mínimo, não implementou nenhuma medida de combate ao desemprego, sancionou a reforma da Previdência, e intensificou a retirada de direitos trabalhistas. Na saúde, Bolsonaro acabou com o programa Mais Médicos, cortou investimentos, além de legalizar o uso desenfreado de agrotóxicos e enfraquecer a política ambiental do país.
As mulheres, mais afetadas com a diminuição de investimentos nos serviços públicos, pelas novas regras da aposentadoria e pela flexibilização das leis trabalhistas, também sofreram com a alteração – para pior – da Lei Maria da Penha e com corte ou extinção de recursos destinados às políticas de enfrentamento à violência contra mulher, como a Casa da Mulher Brasileira. Bolsonaro também cortou recursos das universidades públicas, do Fies e de diversos programas sociais, como Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida.
“Neste 8 de março temos ainda mais motivos para ir às ruas. Sempre somos as primeiras a serem atingidas a partir de políticas que suprimem direitos e ampliam a informalidade. Precisamos dizer não aos retrocessos sociais, à redução de direitos trabalhistas e à violência contra a mulher”, disse a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraná, Eunice Miyamoto. Com informações da Folha.