As feiras livres e os mercados municipais funcionam como verdadeiros supermercados dos municípios, e seguem em atividade na maior parte da Bahia, pois a produção e a comercialização de alimentos estão entre as atividades essenciais previstas para este período de pandemia do coronavírus (Covid-19).
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), vem apoiando os agricultores e agricultoras familiares para continuarem produzindo e comercializando os alimentos nas feiras e mercados com os cuidados necessários para evitar contaminação pelo vírus.
Dentre as ações que já vinham sendo executadas para beneficiar esse setor, estão a reestruturação de feiras livres, com entregas de barracas padronizadas e a construção, ampliação ou requalificação de mercados municipais. Agora, devem seguir funcionando, especialmente onde não há casos confirmados do novo coronavírus, observando os decretos municipais para este período de pandemia e cumprindo as recomendações de higiene e o distanciamento mínimo entre pessoas e barracas.
Para esclarecer dúvidas e orientar agricultoras e agricultores familiares e consumidores em geral, com informações que incluem o que é a pandemia, os grupos de risco, principais sintomas e formas de transmissão, além dos cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois da produção e comercialização da produção, a SDR está disponibilizando um Guia Básico, voltado para a Agricultura Familiar contra o coronavírus. Para conferir clique aqui.
O chefe de gabinete da SDR, Jeandro Ribeiro, ressaltou que quem produz os alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são os agricultores familiares, assentados e assentadas da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas: “Essa é a turma que produz o feijão, as verduras, as hortaliças, a mandioca e a farinha, entre outros alimentos. Nesse momento de enfrentamento da Covid-19, esse alimento de qualidade tem que chegar à nossa mesa e o instrumento mais utilizado por eles são as feiras livres. Só que agora, obedecendo a alguns critérios, orientações sanitárias e evitando aglomerações. A agricultura familiar precisa continuar produzindo e fazendo com que esse alimento chegue à população e as feiras são esse instrumento para isso acontecer”.
Entre os cuidados para a realização da feira livre estão o de posicionar a barraca na feira de forma a evitar aglomeração, a uma distância mínima de três metros da barraca vizinha, usar máscaras e luvas e disponibilizar álcool em gel 70% nas barracas. Não poderão participar da feira, tanto feirantes quanto consumidores, pessoas acima de 60 anos e/ou com doenças crônicas (diabetes, respiratórias e do coração), ou que estiverem com sintomas do coronavírus. As feiras livres podem ser realizadas, a depender das determinações de cada Prefeitura Municipal, por isso, é necessário buscar essas informações locais junto às prefeituras.
A Feira da Agricultura Familiar do município de Ribeira do Pombal, por exemplo, mudou o local da feira, durante o período de pandemia e passou a ser realizada na quadra de esportes do colégio municipal Evência Brito, às quintas-feiras. No entanto, de acordo com o presidente da Cooperativa da Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia (Cooperacaju), Ícaro Rennê, que integra a equipe responsável pela realização da feira, a partir da semana que vem, a feira volta a funcionar às quartas-feiras, na quadra do colégio, às 14h.
Ícaro informou que os agricultores que se enquadram no grupo de risco não estão trabalhando e ficam em isolamento social, e a mudança de local aconteceu para facilitar e melhorar as questões de higiene: “Estamos organizando o fluxo de pessoas e cada barraca atende uma pessoa por vez e está distante uma da outra. No local também temos onde lavar as mãos. Estamos tomando todos os cuidados para que não haja riscos nem para os clientes e nem para nossos agricultores”. As informações são de assessoria.