O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) fez duras críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao defender o pagamento do auxílio emergencial no valor de R$600, aprovado na Câmara, até o fim da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Assunção critica a medida provisória que reduz o valor pela metade e cobra posição da Casa Legislativa para que a proposta seja votada urgentemente. Nesta terça-feira (6), durante sessão remota, o deputado lembrou que somente com uma vacina a crise sanitária será sanada. Ele também voltou a cobrar taxação das grandes fortunas e diminuição dos valores pagos de juros a banqueiros mensalmente para poder o governo ter recursos para pagar o auxílio emergencial.
“Todos nós sabemos que a pandemia não acabou e que estamos vivendo uma crise social, econômica e política profunda. E é inadmissível o governo Bolsonaro tomar uma decisão de diminuir o valor do auxílio neste momento. O que salvou um pouco a economia durante a pandemia foi esse recurso. E Bolsonaro não tem o direito de impedir que cada brasileiro possa receber a ajuda. Sobre o debate que não tem dinheiro, vamos discutir as fontes de onde vêm os recursos e já sabemos, apresentamos inúmeras vezes, que são as taxas às grandes fortunas e, também, tem outros mecanismos como o de lucro e dividendos. O que temos de fazer é isso”, detalha Valmir.
Assunção ainda aponta que os juros que o governo paga aos banqueiros compromete 46% do orçamento da União. “Isso é que temos de acabar, e teremos recursos para investir no cidadão e na economia, fazendo que as pessoas tenham recursos para garantir esse período longo da pandemia. E a crise sanitária só será diminuída quando tiver vacina, quando tiver um remédio, mas não temos ainda. A Câmara aprovou R$600 para cada cidadão e cidadã brasileiros enfrentarem essa pandemia e a medida provisória reduz esse valor para R$300. É preciso que a Câmara tome uma atitude, coloque em votação a MP e restabeleça os R$600 para o povo brasileiro”, aponta.
Para o parlamentar petista, o Brasil passa por um período delicado da economia. “O país passa por uma inflação, onde o alimento está cada vez mais caro, a pobreza aumentando, o desemprego alcançando índices alarmantes, e nós temos que aprovar os R$600 para poder fazer a economia girar, para os recursos chegarem na população e para as pessoas não passarem tanta dificuldade como estão passando neste momento. Temos que dialogar com o presidente desta Casa [Rodrigo Maia, DEM] para colocar em votação a medida provisória e beneficiar o povo brasileiro”. As informações são de assessoria.