A Globalweb, empresa da família de Cristina Boner, ex-esposa do advogado Frederick Wassef, é a responsável pela cibersegurança do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Tribunal foi alvo do ataque hacker na última terça-feira (3) e, por causa dele, o STJ anunciou a suspensão de suas atividades e dos prazos dos processos que correm na corte até o próximo dia 9.
Frederick Wassef foi quem escondeu em Atibaia o ex-assessor Fabrício Queiroz, operador da rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
A Globalweb tem ao menos dois contratos com o STJ, segundo informações do portal O Bastidor. Um deles prevê suporte completo ao sistema da corte, como dados sobre processos e peças, sejam elas públicas ou sigilosas. O suporte também inclui a segurança, armazenamento, banco de dados e virtualização de todo o ambiente tecnológico do STJ.
Com isso, a Globalweb seria a principal responsável por manter a segurança dos sistemas do tribunal. Juntos, os dois contratos somam mais de R$ 17 milhões. Os técnicos do STJ que tentam corrigir os danos causados pelo ataque hacker encontraram, nesta quinta-feira (5), um pedido de resgate pelos dados. A informação também do site O Bastidor, que obteve a reprodução do pedido.
Na mensagem em que pedem resgate, os cibercriminosos escrevem, em inglês, que os arquivos da corte foram criptografados. Eles dizem para que um arquivo de tamanho menor do que 900 kb seja enviado ao e-mail que fornecem para contato que eles o recuperarão. E que, para obter acesso aos demais dados, será necessário um pagamento, mas não fixam o valor.
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