Começa a vacinação na Bahia e as quatro primeiras pessoas já estão vacinadas. A solenidade aconteceu na manhã desta terça-feira (19), na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), com a presença do governador Rui Costa. A enfermeira, negra e servidora do Instituto Couto Maia Maria Angélica de Carvalho Sobrinha, 53 anos, dona Lícia Pereira Santos, idosa de 86 anos que mora, desde 2014, no Centro de Geriatria das Obras Sociais de Irmã Dulce, o médico, de 30 anos, Uenderson Barbosa, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a índia Deisiane Tuxá, de 31 anos, que trabalha na Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais, foram as pessoas escolhidas para receber doses dos imunizantes desenvolvidos pelo Instituto Butantã, em parceria com a chinesa Sinovac Biotech.
Todos se enquadram no público-alvo que faz parte da fase 1 do plano de vacinação contra a Covid-19: profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à doença e em unidades de saúde de urgência e emergência, idosos que vivem em instituições de longa permanência, indígenas e comunidades tradicionais. São, exatamente, 376.600 doses da Coronavac recebidas pelo estado. “É uma emoção grande. Quase um ano que estamos nessa luta, começamos a enxergar a luz no fim do túnel”, afirmou o governador.
Na ocasião, Rui destacou que ainda há muito a ser feito e que aguarda a autorização, junto ao Supremo Tribunal Federal para aquisição da vacina Russa, Sputnik V. “Ainda não é a solução, porque temos uma longa caminhada pela frente. Não tem vacina disponível para todo mundo de uma vez. Estamos tentando, junto ao STF, conseguir a aquisição da Sputnik V, a vacina russa”, revelou. O lote de vacinas chegou no aeroporto Internacional de Salvador, às 22h20 de segunda-feira (18), com 376.600 doses da Coronovac.
Os imunizantes já foram enviados em aeronaves para cidades-polo baianas, de onde devem partir, em veículos como vans e caminhões, para os municípios menores em todas as regiões do estado. Os imunizantes são suficientes para vacinar, inicialmente, cerca de 188 mil baianos. A bula da Coronavac aponta um intervalo de 14 a 28 dias entre a primeira e a segunda dose, e por isso é imprescindível que o cidadão a ser vacinado leve o cartão de vacinação.
Vacinas diferentes, desenvolvidas por laboratórios diferentes e com diferentes posologias serão aplicadas no Brasil, e é o cartão de vacinação que vai garantir que a segunda dose aplicada seja a mesma que a primeira e no prazo indicado. Caso não possua um, o cidadão irá receber um novo cartão com a indicação de qual vacina contra a Covid-19 recebeu. Jornal da Chapada com informações da Ascom.