O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou na manhã desta quarta (20) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresente os resultados das análises feitas para responder ao pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V desenvolvida pela Rússia para o combate à Covid-19.
Depois da Anvisa negar o pedido de uso emergencial para o imunizante, o ministro do STF usará os resultados da análise feita pela agência reguladora para decidir sobre o pedido feito pelo governo da Bahia. O estado solicitou autorização para importar e distribuir as vacinas mesmo sem a autorização da Anvisa.
A Procuradoria Geral do Estado argumenta que a autorização deve ser dada a imunizantes que já tenham o aval de autoridades sanitárias estrangeiras e a certificação da Organização Panamericana de Saúde (Opas), como é o caso da Sputnik V
A Sputnik V já foi aprovada para uso emergencial em países como Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai. No Brasil, o imunizante deve ser produzido pela farmacêutica União Química, que pretende produzir a vacina russa para a demanda interna e para a venda a outros países da América Latina.
A empresa entrou com pedido para uso emergencial de 10 milhões de doses que viriam direto da Rússia. A Anvisa recusou a solicitação, e justificou que apenas vacinas com estudos clínicos em andamento no Brasil podem ter essa autorização, o que ainda não é o caso do imunizante russo.
Outra negativa da Anvisa diz respeito ao início dos testes clínicos para a Sputnik V no país, por faltarem informações que devem ser fornecidas pelo laboratório que irá produzir o imunizante. O governo da Bahia assinou em agosto de 2020 um acordo com o Fundo Soberano Russo, que administra o desenvolvimento da vacina, para o fornecimento de 50 milhões de doses.
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