“O ex-juiz tirou o presidente Lula da disputa em 2018 para abrir caminho para Bolsonaro chegar à Presidência e para se promover. Tanto que depois aceitou ser ministro da Justiça desse que ele ajudou a eleger. E Lula conseguiu provar que Moro foi o responsável direto por esse caos que se tornou a eleição de Bolsonaro para o Brasil”. A fala é do vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT) que voltou a defender o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência em 2022. Suíca diz que a Operação Lava Jato no Paraná “foi uma armação para atingir Lula” e celebra a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, responsável pela operação que condenou Lula erroneamente.
No entanto, Suíca ratifica que “o fim do golpe será quando o plenário do STF manter a decisão da Segunda Turma”. Ele descreve que o retorno de Lula ao campo político já ajudou o país a ter mais estabilidade. “Assim que Lula se pronunciou, Bolsonaro e seu grupo passaram a defender a vacina. Ou seja, o ex-presidente já causou um embaraço e vai provocar ainda mais até chegarmos em outubro do ano que vem. Tenho certeza que Lula será eleito com a força e a vontade do povo. Agora, precisamos unir uma frente de esquerda para que possamos fortalecer os trabalhadores, a periferia e os movimentos sociais e sindicais. Temos que ter toda força que pudermos para enfrentar o bolsonarismo e suas implicações”, destaca o vereador soteropolitano.
Suíca voltou a cobrar vacinação em massa para a população e a retomada do auxílio emergencial de R$600 ou mais para os trabalhadores e trabalhadoras durante a pandemia. O vereador ainda classificou o discurso do presidente Bolsonaro nesta terça-feira (23) como desesperado. “Está todo perdido. Tomou muita cloroquina esses dias que foi para televisão mentir. Chega a ser revoltante. O país está, todo dia, batendo recordes macabros de mortos por covid e o presidente usa dinheiro público para mentir. Boicotou a vacina, despreza a vida humana. Esse sujeito não merece o posto de chefe desta nação”, completa Suíca. O Brasil bateu a marca de 3.251 mortos por complicações do novo coronavírus, o maior número em um ano de pandemia.