O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL-DF), tentou colocar em pauta na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (30) um projeto de lei (PL 1074/21) que aumentaria os poderes do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de Covid-19. A oposição conseguiu barrar o projeto no Colégio de Líderes da casa legislativa.
A medida, que permitira ao presidente acionar estado de Mobilização Nacional, aparece em meio à cruzada de Bolsonaro contra prefeitos e governadores e à demissão dos comandantes das três Forças Armadas: Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica). O episódio aconteceu após a demissão do ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, e não tem precedentes na história.
Segundo o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), a Oposição barrou a apreciação dessa proposta, que passou pelo colégio de líderes. “Barramos este absurdo no colégio de líderes. Bolsonaro diz não para toda forma de conter a pandemia, inclusive vacinas, mas tenta usar artifícios para atrapalhar a boa atuação de prefeitos e governadores que não negam a ciência. VERGONHA!”, escreveu no Twitter.
À Fórum, Padilha disse que a mudança na Defesa e na Justiça tem relação direta com a proposta apresentada por Vitor Hugo. “Bolsonaro prepara um ambiente de terror sem precedentes no país e quer usar a PF, PMs, Forças Armadas para isso”, afirmou.
“Bolsonaro, acuado, tenta regar duas bases que permitam sua sobrevivência politica para 2021 e 2022: uma base mínima. No Congresso, para evitar impeachment e o controle de todos os aparelhos de repressão do Estado, PMs, Forças Armadas, PF. A mudança na Defesa e na Justiça tem relação direta com isso”, explicou o parlamentar. A redação é do site da Revista Fórum.