A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) divulgou na última quinta-feira (1º), a detecção da circulação da SARS-CoV-2 P.1, da linhagem B.1.1.28 (“variante de Manaus”) e ds SARS-CoV-2 B.1, da linhagem B.1.1.7 (“variante do Reino Unido), em amostras de pacientes de municípios baianos.
“As variantes de maior atenção estão relacionadas as cepas do Reino Unido [B.1.1.7] e de Manaus [P1], que são consideradas mais contagiosas. Juntas, elas foram detectadas nos municípios de Amargosa, Anguera, Brumado, Cipó, Cruz das Almas, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Itabuna, Itapetinga, Irecê, João Dourado, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Mutuípe, Salvador, Santa Luz, São Sebastião do Passé e Serra Preta”, destaca Arabela Leal, diretora-geral do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA).
Segundo Leal, desde o início da operação em fevereiro deste ano, a Bahia já sequenciou 176 amostras, sendo 32 finalizadas na quinta-feira (31). Conforme a Sesab, os resultados foram obtidos após a instalação de três novos termocicladores, que são equipamentos utilizados para detectar o Sars-CoV-2 (Covid-19) utilizando a técnica de biologia molecular do tipo RT-PCR, no Lacen-BA, que dobrou a velocidade de análise.
Atualmente, a unidade já realizou mais de 950 mil exames do tipo RT-PCR desde o início da pandemia de Covid-19 e deve chegar a 1 milhão nos próximos 15 dias. Além das variantes de Manaus e do Reino Unido, já foram detectadas na Bahia cepas do Peru e Rio de Janeiro.
O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia é a terceira maior unidade de vigilância laboratorial do país e classificado na categoria máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde, sendo responsável pelo sequenciamento de amostras dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
De acordo com o titular da pasta estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, a forma mais eficaz de se combater o coronavírus é acelerar a vacinação. “A Bahia já vacinou 12,85% da sua população, ocupando a segunda posição em um comparativo nacional. Porém, o Ministério da Saúde precisa enviar mais doses”, avalia.
Jornal da Chapada