O corpo do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em confronto com policiais militares em fevereiro de 2020, foi exumado a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Ele foi morto na cidade de Esplanada, a 155 quilômetros de Salvador. Adriano estava foragido havia mais de um ano e era suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Em nota, o MP-BA informou que o laudo desta nova exumação ainda não foi divulgado. O MP-BA não informou a data da exumação, mas disse que a medida foi tomada para a realização de novos exames, com o objetivo de detalhar as lesões causadas pelos tiros.
As informações desse novo laudo serão comparadas com os relatos dos policiais que participaram da ação. Ainda nesse laudo, será possível analisar a distância que os tiros foram disparados, a partir das lesões causadas.
Segundo o MP, a autorização para a exumação foi dada pelos tribunais de Justiça da Bahia e do Rio de Janeiro. Dois exames já haviam sido feitos no corpo de Adriano, mas a partir desse novo procedimento, será examinada com maior precisão as trajetórias dos disparos que atingiram o miliciano.
Conclusão do inquérito em 2020
Na época da conclusão do inquérito, em agosto do ano passado, a Polícia Civil da Bahia concluiu que o ex-policial militar não havia sido executado, mas que morreu em troca de tiros com os PMs. Adriano foi alvejado duas vezes e teria disparado sete vezes contra os PMs.
Segundo o perito criminal José Carlos Montenegro, que apresentou os resultados da reconstituição do caso, Adriano foi atingido por 2 tiros, após disparar sete vezes contra três policiais que entraram na casa onde ele estava escondido. Dois projéteis atingiram o escudo dos policiais e os outros a parede e uma janela. As informações são do portal G1.