A decisão negativa da Fundação Nacional de Artes (Funarte) em relação ao financiamento do Festival de Jazz do Capão, na Chapada Diamantina, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), foi alvo de discussão entre a Maria Marighella (PT) e o vereador Alexandre Aleluia (DEM).
Marighella fez uma publicação no Twitter que criticava a posição da Funarte e em seguida, o democrata publicou: “A vereadora estava acostumada a uma Secretaria da Cultura do PT que priorizava esquemas escusos com a Rouanet. Tempos que a Cultura era usada como ferramenta de politicagem e propaganda partidária”, disse.
Após isso, a petista rebateu e afirmou que o seu partido tem responsabilidade com as políticas públicas para a cultura. “Secretaria não, vereador! Ministério da Cultura, porque o meu partido tem responsabilidade com as políticas públicas para a Cultura. Sabe da sua grandeza e reconhece sua importância para a produção de um futuro mais justo, soberano e livre. Podemos debater o tema na Câmara”, respondeu.
Caso
Dentre as justificativas para a negativa, a Funarte citou a publicação no qual a organização se posiciona como “antifascista” e “pela democracia”. No parecer técnico, o órgão alegou um cunho ideológico na frase e usou uma frase do músico alemão Johann Sebastian Bach, que morreu em 1750, enfatizando um tom religioso: “O objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de Deus e a renovação da alma”.
Contudo, a organização do evento afirmou que a postagem não foi financiada com dinheiro público e que não fez parte da divulgação oficial do festival. “Ela não ataca governos, instituições nem pessoas, pelo contrário diz em sua descrição que não podemos aceitar o fascismo, o racismo e nenhuma forma de opressão e preconceito”, pontuou. O escritor brasileiro Paulo Coelho se ofereceu para financiar o festival (veja aqui). Jornal da Chapada com informações de Bahia.ba.