Uma nota conjunta, divulgada no último domingo (22), de partidos da oposição ao governo Bolsonaro, se solidarizou com os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, alvos de ataques e de pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na nota participaram o PT, PSB, Cidadania, PCdoB, PV, Rede e PDT.
Em nota apontam que os ministros “são alvos de uma campanha difamatória que chegou às raias da violência institucional com um inepto e infundado pedido de impeachment contra Moraes por parte do presidente da República”.
Os dirigentes ainda lembram que decisões judiciais podem ser questionadas por meio de recursos. “Qualquer tentativa de escalada autoritária encontrará pronta resposta desses partidos”, diz o texto assinado pelos presidentes dessas 7 siglas.
Para o MDB, DEM e PSDB, o pedido é “claramente revestido de caráter político”. “É lamentável que em momento de tão grave crise socioeconômica, o Brasil ainda tenha que lidar com a instabilidade política e com o fantasma do autoritarismo. O momento exige sensibilidade, compromisso e entendimento entre as lideranças políticas, as instituições e os Poderes”, diz o texto assinado pelos presidentes Baleia Rossi (MDB), ACM Neto (DEM) e Bruno Araújo (PSDB).
Essas siglas defendem que, para superar a atual crise econômica, sanitária e social, “é imprescindível que as instituições tenham capacidade de exercer suas funções com total liberdade e isenção”. No total foram 10 partidos que saíram em defesa da democracia e em apoio ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Há cerca de uma semana, após a rejeição da Câmara à proposta que instituía o voto impresso, Bolsonaro mudou de estratégia e passou a defender o impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, também do STF, como forma de manter seus eleitores ativos na disputa que trava com a corte. O presidente disse que ainda pretende entregar o pedido contra Barroso. Com informações da Folha de São Paulo.