O pastor Tupirani da Hora Lores atacou negros, mulheres e a comunidade LGBTQIA+ durante um culto na Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, no Rio de Janeiro. O religioso afirmou durante pregação, no começo do mês, que a “igreja não levanta placa de filho da puta negro e veado”.
O discurso do pastor foi feito em resposta ao pedido de desculpas da pregadora Karla Cordeiro, a Kakau, da Igreja Sara Nossa Terra. Ela havia dito para os fiéis pararem de “ficar postando coisa de gente preta, de gay”, em 31 de julho. Após a repercussão do vídeo e da abertura de um inquérito policial, Kakau publicou uma nota de retratação, no dia 3 de agosto.
O recuo de Kakau motivou o discurso feito por Lores, em 5 de agosto, no altar da sua igreja. O pastor questionou o fato de ela ter feito discurso e ter voltado atrás depois que “um babaca de um delegado pressiona”.
“Sabe o que você é, Karla Cordeiro? Você é uma puta, uma prostituta, seu pastor deve ser um veado e a sua igreja toda é uma igreja de prostitutas. Vocês não são evangélicos. Malditos sejam vocês, que a garganta de vocês apodreça por terem ousado tocar no nome de Jesus, raça de putas e piranhas, é isso que vocês são”, atacou o pastor.
Lores afirma ainda que a igreja não deve defender ou debater questões raciais, políticas e de gênero. “A igreja de Jesus Cristo não levanta placa de filho da puta negro nenhum, não levanta placa de filho da puta de político, não levanta placa de filho da puta de veado. A igreja de Jesus Cristo só levanta a sua própria placa, porra”, gritou o pastor, no altar.
Lores já foi preso por intolerância religiosa, em 2009. Em março deste ano, ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal. Uma busca e apreensão autorizada pela Justiça buscou encontrar provas que o religioso, em um de seus cultos, pediu por um “massacre” de judeus. Com informações do portal Correio24h.