O relator da CPI da Covid-19 do Senado Federal, Renan Calheiros (MDB-AL), entregou na manhã desta quarta-feira (20) o relatório final da comissão. No total, o documento tem 1.180 páginas e acusa o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), por vários crimes, como epidemia com causa morte, crimes contra a humanidade, charlatanismo e prevaricação. Para ler a íntegra do relatório final da CPI da covid-19, clique aqui.
Resumo
No relatório, Renan sugere o indiciamento de 66 pessoas e duas empresas. Além de Bolsonaro, três filhos do presidente também são citados: o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro pode pegar mais de 100 anos, se condenado por todos os crimes pelos quais é acusado no relatório final da CPI da covid-19 do Senado Federal. A informação foi dada pelo vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), em entrevista à GloboNews, na manhã desta quarta-feira (20). Neste momento, o senador Renan Calheiros lê o relatório final.
Em um documento de mais de mil páginas, os senadores enumeram os crimes que, segundo eles, Bolsonaro e outras 67 pessoas cometeram durante a condução da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Atualmente, o país acumula mais de 600 mil mortes causadas pela covid-19.
“Engana-se quem pensa que o relatório está enfraquecido. Bolsonaro pode pegar mais de 100 anos, se condenado pelos crimes a que é imputado”, disse Randolfe Rodrigues pouco antes de entrar na sessão onde há a leitura do relatório. Entre os crimes descritos no documento, estão charlatanismo, epidemia com causa morte, prevaricação e crimes contra a humanidade.
Na noite de terça-feira (19), os senadores retiraram a acusação contra Bolsonaro de homicídio. Segundo Randolfe Rodrigues, isso se deve ao fato de que a pena do crime de “epidemia com causa morte” tem uma pena maior do que a de homicídio. Com informações do Rádio Jornal.