Encalhado na areia da praia de Daugavgrīva, próximo à capital da Letônia, Riga, um navio do século 19 foi escavado por funcionários da autoridade portuária local. Com pelo menos 12 metros de extensão e 3,5 metros de largura, o achado foi noticiado no início de outubro pelo site letão lsm.lv.
Segundo a publicação, a embarcação estava parcialmente escondida na areia quando foi relatada ao Escritório e Porto Livre de Riga. Até então, parecia que o navio tinha apenas dimensões de 1,3 metro por 4 metros. Mas o nível da água do mar subiu e ele desapareceu, ressurgindo posteriormente. Então, a equipe encarregada decidiu começar a escavar o local, descobrindo que o veículo marítimo era muito maior do que se supunha.
O navio é feito de carvalho e apenas seu lado exterior estava visível, coberto por tábuas de 25 centímetros de largura e 8 centímetros de espessura. Essas tábuas estão presas com pinos de madeira e cobre. A presença de milhares de pequenos pregos de cobre indicou ainda que o barco era coberto por placas do mesmo metal — sinal de que era um veículo de guerra ou mercante.
O cobre indica ainda que a embarcação percorria longas distâncias e esteve no Báltico e no Mar do Norte, desbravando também águas mais longínquas, até os trópicos.
A área costeira próxima a Daugavgrīva, onde a descoberta ocorreu, foi estabelecida em meados do século 19, o que significa que o navio tem entre 150 e 200 anos de idade. Desde seu naufrágio, porém, ele não permaneceu intacto: há marcas de serra e não há mais placas de cobre no final da embarcação, indício de que o material valioso foi removido.
Com a intenção de preservar o barco, e protegê-lo especialmente da luz solar e do ar, as autoridades decidiram cobri-lo novamente em seu ambiente úmido na praia. O Conselho do Patrimônio Cultural Nacional da Letônia está preparando também a documentação necessária para declarar o navio como um monumento cultural, o que deve facilitar esforços de pesquisa e preservação do achado. As informações são da Revista Galileu.