Com o objetivo de ganhar espaço visando sua candidatura em 2022, Sergio Moro, que se filiou ao Podemos nesta quarta-feira (10), tenta, agora, formar uma milícia virtual. Para isso, ele pretende usar, inclusive, integrantes de movimentos golpistas que apoiaram Jair Bolsonaro em 2018.
O ex-juiz e ex-ministro se reuniu com Renato Sella, do Vem pra Rua, e Cássia Franzoi, do Patriotas pelo Brasil. O encontro ocorre na casa da presidente do partido, deputada Renata Abreu. Participou, também, o general Alberto Santos Cruz, ex-ministro de governo de Bolsonaro, que se transformou em uma espécie de conselheiro da campanha de Moro.
Os dois grupos, com quase 3 milhões de seguidores nas redes, também atuaram em favor do injustificável impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e apoiaram a Lava Jato e sua prática persecutória contra o ex-presidente Lula. O que teria ficado definido, segundo informações da coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, é que o Vem pra Rua e o Patriotas pelo Brasil apoiarão amplamente a candidatura do ex-juiz, considerado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nas ações contra o ex-presidente Lula.
Parlamentares do Podemos têm ou já tiveram problemas com a Justiça
Autoproclamado defensor da corrupção, Moro se filiou ao Podemos, partido que defende ferrenhamente a contraditória Operação Lava Jato. Porém, por trás dos panos, a sigla é repleta de deputados e senadores que têm ou já tiveram problemas com a Justiça. Dos dez membros do Podemos na Câmara dos Deputados, sete já foram ou estão sendo investigados, além de três senadores, de um total de nove.
Solenidade de filiação custou nada menos do que R$ 200 mil
A solenidade de filiação de Moro ao Podemos custou ao partido nada menos do que R$ 200 mil. A verba foi gasta com palco com adesivo da bandeira do Brasil, iluminação especial com jogo de luzes, telão e uma grua de filmagem na plateia. A ideia da organização foi gerar imagens para uma futura campanha de Moro à presidência da República. Com informações da Revista Fórum.