Na Bahia, o volume das atividades turísticas expandiu 176,5% no 2º trimestre de 2021, em relação ao mesmo trimestre de 2020, em um ritmo mais acelerado que o Brasil, que ampliou 89,8%. Este resultado reflete a retomada das atividades que estavam paralisados neste mesmo período devido à pandemia da Covid-19. Em relação à receita nominal das atividades turísticas, a Bahia cresceu 164,2%, seguindo o mesmo comportamento do Brasil (87,7%). As informações divulgadas nesta quarta-feira (24) são dos órgãos oficiais em parceria com a Setur, e sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
O consumo de energia elétrica nas Atividades Caraterísticas do Turismo (ACTs) na Bahia apontou crescimento de 29,2% no 2º trimestre de 2021 contra o 2º trimestre de 2020, puxado, principalmente, pelo excelente desempenho em Hotéis (64,8%) e Outros alojamentos não especificados anteriormente (53,7%). Seguindo a mesma análise, o fluxo de passageiros (doméstico e internacional) nos aeroportos da Bahia avançou 729,1% no 2º trimestre de 2021 contra o 2º trimestre de 2020, impulsionado pela significativa expansão registrada nos quatro aeroportos do estado com maior movimentação de passageiros.
Mais de 4 milhões de veículos passaram a mais nos pedágios das rodovias que cortam o estado da Bahia, no 2º trimestre de 2021, isso representa uma ampliação de 34,3%, em relação ao mesmo trimestre de 2020. Esse comportamento foi resultado, principalmente, da aceleração observada em todas as rodovias administradas pelas concessionárias, devido às medidas de flexibilização das atividades econômicas e da circulação de ônibus intermunicipais e interestaduais.
A Bahia arrecadou em ICMS aproximadamente R$ 1,8 bilhão nas ACTs no 2º trimestre de 2021, com ampliação nominal de 58,4%, em relação ao mesmo trimestre de 2020, puxado principalmente pelas atividades de Transporte por navegação de travessia intermunicipal, interestadual e internacional (60,4%).
A taxa média de ocupação dos meios de hospedagem em Salvador foi de 31,6% no 2º trimestre de 2021, resultado superior àquele observado no mesmo trimestre (13,9%) do ano passado, reflexo da melhora do desempenho da atividade hoteleira na capital baiana devido às medidas de flexibilização das atividades econômicas, o aumento da imunização total das pessoas acima de 60 anos e dos protocolos adotados pelos estabelecimentos hoteleiros.
Cerca de 80 mil veículos passaram a mais pelo Sistema Ferry-Boat na travessia São Joaquim-Bom Despacho, no 2º trimestre de 2021, isso representa uma ampliação de 155,3% em relação ao mesmo trimestre de 2020. Pelo mesmo sistema, passaram a mais 370 mil pessoas, com expansão de 123,8% em relação ao 2º trimestre de 2020.
O setor de turismo eliminou 255 postos de trabalho no 2º trimestre de 2021, após contabilizar perda de 16.346 postos de trabalho com carteira assinada no 2º trimestre de 2020. O saldo negativo foi impulsionado, principalmente, pelas atividades de Hotéis e similares (-684 postos) e Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, intermunicipal, interestadual e internacional (-151 vagas). É importante destacar que o setor ainda está operando com capacidade ociosa em relação 2019.
Seguindo a mesma tendência das atividades turísticas, e na perspectiva da retomada do setor, a Bahia é o quinto estado no ranking nacional na adesão do Selo Turismo Responsável. Até o 1º semestre já foram mais de 29 mil Selos Turismo Responsável, Limpo e Seguro emitidos em todo o país. A chancela é conferida a locais que se comprometem a cumprir protocolos de prevenção à covid-19 e, desta forma, oferecem mais segurança a turistas e trabalhadores do setor. A iniciativa foi lançada em 2020, colocando o Brasil entre os 10 primeiros países do mundo a implementar protocolos sanitários para o turismo.
O turismo baiano foi impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo; restaurantes; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; locação de automóveis; e serviços de bufê. Esse resultado se deve, em parte, à maior queda registrada em todos os indicadores no segundo trimestre do ano passado e às festividades do mês junino, que movimentaram o setor mesmo com as medidas restritivas aderidas por algumas cidades, suspensão dos meios de transportes coletivos, proibição da venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery) ou em depósitos e distribuidoras, e a suspensão do funcionamento de bares, restaurantes e congêneres, por exemplo. Com isso, as perspectivas para o 3º trimestre de 2021 são as melhores, pois o trimestre será marcado pelo avanço da vacinação, pela redução da crise sanitária e a retomada das atividades econômicas. As informações são de assessoria.