Ao lado de Valdemar da Costa Neto, que já foi condenado e preso por corrupção, Jair Bolsonaro abandonou uma de suas principais bandeiras da campanha de 2018 ao se filiar ao PSL, um dos partidos mais fisiológicos do Centrão, em ato na manhã desta terça-feira (30) em Brasília.
Durante seu discurso, de pouco mais de 15 minutos, Bolsonaro não tocou no tema da corrupção, um dos seus principais discursos junto a apoiadores da ala mais radical. Ao contrário, Bolsonaro, que durante quase 30 anos, fez parte do Centrão na Câmara dos deputados, disse estar se sentindo em casa.
“Estou me sentindo aqui em casa. Arthur Lira. Dentro do Congresso Nacional. Vocês me trazem lembranças agradáveis, de lulta, de embate. Eu vim do meio de vocês, fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados, como poucos aqui atingiram esse tempo. E há uma semelhança muito grande entre nós”, disse Bolsonaro.
Ao lado também de Arthur Lira (PP-AL) e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), Bolsonaro lembrou sua passagem pelo PP, partido que assumiu parte do governo em troca de apoio no Congresso. “Eu vim do PP e confesso: a decisão não foi fácil”.
Recorrendo à sua metáfora preferida, Bolsonaro afirmou que se casou com o PL, mas não viverá como “homem e mulher” com Costa Neto. “Uma filiação é como um casamento. Você agora… não seremos marido e mulher, seremos uma família e todos vocês fazem parte dessa família”.
Em seu discurso, Costa Neto, presidente do PL, também não tocou no tema corrupção e disse estar feliz por fazer parte de um “governo que nunca se intimidou”. “Presidente Bolsonaro seja bem vindo ao 22, seja bem vindo ao partido liberal”, disse, dando boas vindas. Redação da Revista Fórum.
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