Um estudo indica que pacientes com Covid-19 e com um quadro histórico de deficiência de vitamina D tiveram 14 vezes mais chances de ter um caso grave ou crítico da doença do que aqueles com níveis normais do nutriente. A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade Bar-Ilan e do Galilee Medical Center e publicada pela revista científica PloS ONE (Public Library of Science).
A análise aponta que um nível mais baixo de vitamina D foi mais comum em pacientes com um quadro grave ou crítico da doença (87,4%) do que as pessoas com um quadro leve ou moderado (34,3%). Especialistas explicam, porém, que não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito entre níveis baixos de vitamina D e um pior curso da doença.
“São vários fatores que influenciam um caso grave de Covid. A vitamina D pode ser um deles. Não dá para culpar somente ela”, diz Carolina Aguiar Moreira, endocrinologista e professora do Departamento de Clínica Médica da UFPR. As informações são do G1.
No estudo israelense, os pesquisadores olharam para a presença da vitamina nos prontuários médicos de 253 pacientes admitidos em um centro hospitalar do norte do país entre 14 dias e 2 anos antes do teste PCR positivo dessas pessoas. Esse método novo facilita uma avaliação mais precisa do que durante a internação, quando os níveis podem ser menores por consequência da doença.
“[Esse] é um estudo retrospectivo, considerado não ideal para assumir condutas a nível populacional. Geralmente os mais importantes são os prospectivos, com programação e objetivos detalhados para serem atingidos com a execução das etapas de investigação”, avalia Helio Vannucchi, professor de Nutrologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Com informações do g1.