O Estado da Bahia tem dois terços do seu território dentro do Semiárido baiano. Para fomentar a agricultura familiar nessa região, o Governo do Estado investe em sistemas produtivos próprios, a exemplo de oleaginosas como o licuri, desde da base da produtiva até a comercialização de produtos. Na última terça (15), o “coquinho do Sertão”, o licuri, foi destaque no I Simpósio da Cadeia Produtiva do Licuri do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIs) realizado na terça em Capim Grosso, na Chapada Norte.
O evento teve a participação do diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional, Wilson Dias, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que ressaltou as contribuições do Governo do Estado neste sistema produtivo.
“Nós temos apoiado o sistema produtivo do licuri no bojo do conjunto de outras atuações que promovem o desenvolvimento rural do Estado. Essa é a missão institucional da CAR e, nos últimos anos, nós temos focado a nossa atuação na geração de emprego e renda e também na segurança alimentar e nutricional das famílias rurais do Semiárido da Bahia.”
Só pelo Bahia Produtiva, projeto do Governo do Estado com cofinanciamento do Banco Mundial, são R$ 21,8 milhões aplicados no sistema produtivo do licuri em ações como assistência técnica, plano de negócios, infraestrutura e equipamentos e apoio a acesso a mercados de associações e cooperativas.
Entre essas cooperativas, beneficiadas, está a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), exemplo de sucesso na região e que recebeu a visita dos participantes do simpósio em uma tarde de campo com apresentação dos variados produtos da cooperativa. A presidente da cooperativa, Francelma de Lima, agradeceu a realização do evento em Capim Grosso. “Para nós, é motivo de orgulho eventos como esse que podem contribuir ainda mais e melhor para a cadeia produtiva do licuri.”
No total, o Governo do Estado apoiou com mais de R$ 5,7 milhões só nessa cooperativa, tanto na entrega de máquinas quebradeiras e despeladeiras de licuri tanto com organização para acesso a mercados dos variados produtos beneficiados da cooperativa, como o licuri salgado, sem sal e caramelizado, biscoitos, óleo, doces e artesanatos.
O Simpósio
O 1º Simpósio, sob o tema “Licuri, uma cadeia produtiva para a sustentabilidade da Bioeconomia da Caatinga – Oportunidades de Negócios”, compartilhou experiências em políticas públicas e as novas descobertas da ciência por meio do Núcleo de Bioprospecção da Caatinga (Nbiocaat) para o desenvolvimento de bioprodutos com o licuri e suas oportunidades. Com informações de assessoria.