Após sofrer agressões, uma baiana de acarajé teve sua barraca destruída e seu dinheiro roubado em cavalgada realizada no município de Mucugê, no último dia 12, na Chapada Diamantina. De acordo com informações da vítima, houve uma confusão generalizada no local do evento.
Em denúncia para o Jornal da Chapada (JC), a baiana afirmou que não havia nenhum policial durante o momento da confusão, e que a festa estava sem segurança.
Segundo relatos de pessoas da região, o tumulto teria começado por conta do valor da cerveja. Os supostos autores do crime iniciaram discussão depois de pedir à vendedora da barraca de drinks para baixar o valor da bebida, ao se recusar, acabou causando uma certa “revolta” no grupo suspeito que, em seguida, partiu para a violência.
A vítima das agressões diz que durante a briga generalizada, o pessoal envolvido nas ações caiu “em cima” de sua barraca de acarajé que estaria próxima à barraca de drinks, que acabou ficando totalmente destruída. Após pegar o celular, a baiana de acarajé ao tentar filmar a situação, foi surpreendida com um tapa dado por uma das suspeitas, que deixou o celular cair no chão.
“Eu fui filmar o que estava sendo destruído e os envolvidos na confusão praticamente me lixaram. Meu marido empurrou ela para retirar a moça que estava em cima de mim, mas a família dela foi pra cima dele também”, explica a baiana.
“Dois caras ficaram esperando a gente reagir à situação para poder fazer alguma coisa, mas nós não reagimos a nenhuma das agressões. A gente não conhecia ninguém”.
A vítima registrou um boletim de ocorrência na delegacia territorial de Mucugê, mas relatou que na última segunda-feira (20), um homem que também estava envolvido na confusão foi até a sua residência para ameaçá-la. A baiana acabou indo embora de casa às pressas por medo do que poderia lhe acontecer. “Eu saí de casa de madrugada, apenas com a roupa do corpo e a minha gata”, afirmou.
Bastante assustada e abalada com toda a situação, a vítima relatou que está com medo de voltar para a sua residência. “Tenho um restaurante em Mucugê e todo mundo conhece. Estou sem poder trabalhar porque estou com medo. Não tem muito policiamento durante o dia, nem à noite. A delegacia não funciona 24h. Não consigo me sentir segura”.
Após comentar sobre o ocorrido com o responsável do evento que seria o vereador da cidade, segundo a vendedora de acarajé, o mesmo teria dito que não poderia fazer nada além de dar um valor simbólico, pois a exposição da notícia “mancharia” a celebração do evento.
Autoridade
Segundo informações da vítima, a polícia segue investigando e colhendo depoimentos para que possa conseguir prender os agressores.
Jornal da Chapada