Os profissionais de educação da rede municipal de Palmeiras, localizada no Vale do Capão, realizaram uma nova manifestação em defesa do cumprimento da Lei 11.738/2008, que estabelece o Piso Nacional do Magistério. O protesto, ocorrido no último domingo (14) e promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB Palmeiras), também reivindicou melhorias para as escolas da região.
Durante o protesto, uma profissional de educação expressou toda sua indignação com a negligência da prefeitura de Palmeiras em relação à educação no município. “Quero destacar a responsabilidade que todos nós, como comunidade, compartilhamos. Não são apenas os professores que estão sendo desrespeitados, mas toda a nossa comunidade, especialmente em Caeté-açu, que tem enfrentado condições precárias devido ao descaso da gestão municipal”, frisou.
Desde o seu início em 18 de março, a paralisação já se prolonga por quase um mês. Entre as reivindicações dos profissionais de educação, além do pleno cumprimento do Piso Nacional do Magistério, incluem-se melhorias na infraestrutura das escolas, aprimoramento da qualidade da merenda e do transporte escolar, bem como a implementação de uma carga horária adequada para os professores e o fornecimento de suporte pedagógico eficaz para otimizar o processo de ensino e aprendizagem.
Reivindicações
Em uma carta da APLB Sindicado dirigida à população, além de relatar a precariedade do transporte público e as estradas internas intransitáveis, que põem em risco a integridade física de crianças, jovens, motoristas e auxiliares na região, a comunidade escolar ainda destacou o estado de abandono da Escola Municipal de 1º de Caeté-Açu (Capão), com reformas nunca concluídas apesar das verbas no valor de quase R$ 360 mil destinadas para tal propósito.
A prefeitura de Palmeiras, por meio de uma nota publicada nas redes sociais, afirmou que está pagando integralmente o piso salarial dos professores, realizando melhorias nas escolas e no transporte escolar, e solicitou o retorno dos professores às atividades.
“A greve não possui qualquer respaldo, uma vez que as demandas dos professores já foram atendidas. Apelamos para o bom senso de todos os professores para que reconsiderem a paralisação e retornem às atividade o quanto antes”, diz um trecho da publicação.
Jornal da Chapada