O Complexo Babilônia Centro, situado nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, na região centro-norte da Bahia, está programado para começar a gerar energia em outubro de 2025, com capacidade para abastecer aproximadamente 1,37 milhão de residências. Financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o projeto eólico receberá um investimento total de R$ 3,16 bilhões, sendo 80% desse montante financiado pelo banco. A empresa beneficiária do crédito, Ventos de Santos Antônio Comercializadora de Energia, prevê a criação de 1.500 empregos diretos e três mil indiretos durante a fase de implantação do empreendimento.
Essa iniciativa, uma parceria entre a Casa dos Ventos e a ArcelorMittal, contará com 123 aerogeradores e uma capacidade instalada de 553,5 megawatts, projetando uma geração de energia estimada em 267 megawatts. Além disso, o Babilônia Centro permitirá que a ArcelorMittal Brasil se torne autoprodutora de energia, estabelecendo o maior contrato corporativo de energia renovável do país.
Matriz energética sustentável
Recentemente, o presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante, enfatizou o compromisso do BNDES com projetos de geração renovável em larga escala, destacando a busca por uma matriz energética mais sustentável para o Brasil. Segundo dados da instituição, desde 2000, o BNDES financiou cerca de 70% do aumento da capacidade de geração do país, contribuindo com 78,8 gigawatts adicionais, dos quais 86% provêm de fontes renováveis.
De acordo com dados de 2024 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e parâmetros da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a Bahia está no centro de um grande impulso em energia eólica. Com 58 usinas em construção, totalizando 2,37 gigawatts de potência outorgada, o investimento do governo estadual está estimado em R$ 13 bilhões.
Atualmente, a Bahia já conta com 319 usinas eólicas em operação, representando 9,15 gigawatts de potência outorgada e um investimento de aproximadamente R$ 44 bilhões. Esses empreendimentos estão distribuídos em 34 municípios baianos, com destaque para Sento Sé (58), Morro do Chapéu (42), Caetité (34), Campo Formoso (26), Pindaí (22), Gentio do Ouro (21) e Igaporã (20). Além disso, estão previstas mais 200 usinas eólicas em construção, que oferecerão 8,39 gigawatts de potência outorgada, com um investimento estimado em R$ 52 bilhões.
No segmento de energia solar fotovoltaica, a Bahia também tem se destacado. Com 71 empreendimentos em operação, instalados em 14 municípios, como Juazeiro, Taboca do Brejo, Bom Jesus da Lapa, Oliveira dos Brejinhos, Barreiras e Salvador, o estado possui uma potência outorgada de 2,05 gigawatts, com um investimento total de cerca de R$ 9 bilhões. Ainda estão por vir 556 usinas solares, previstas para gerar 24,66 gigawatts de potência outorgada, com um investimento estimado em R$ 89 bilhões. Além disso, sete empreendimentos de geração de energia elétrica por meio de fonte solar fotovoltaica estão em construção, com 350 megawatts de potência outorgada e um investimento previsto de R$ 1,3 bilhão. Jornal da Chapada com informações do portal A Tarde.