O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu soltar da prisão Mauro Cid , ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) ,na tarde desta sexta-feira (3). A liberação ocorre exatamente um ano após a sua primeira prisão, em 3 de maio de 2023.
Moraes concedeu a liberdade provisória de Cid mantendo medidas cautelares definidas no processo, como não falar sobre as investigações motivo que gerou a prisão em 22 de março.
“Além disso, em seu pedido de liberdade provisória, o investigado reafirmou a validade dos relatos prestados em sede policial e informou que, em liberdade, continuará contribuindo com as investigações”, afirmou Alexandre de Moraes, em sua decisão.
O ministro ainda manteve integralmente o acordo de colaboração premiada firmado pelo militar com a PF.
A informação da liberdade de Mauro Cid foi antecipada ao blog pelo defensor do militar, Cezar Bittencourt. “Saiu a liberação do Cid. Ele sairá da prisão ao final da tarde”, confirmou o defensor ao blog.
Desmaio ao ser preso
Cid foi preso no dia 22 de março durante depoimento à Polícia Federal (PF), após o vazamento de áudios em que atacou a corporação e o Supremo Tribunal Federal (STF). Á época, ele foi ouvido por cerca de 30 minutos por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, e desmaiou quando soube que seria preso novamente.
A ordem de prisão ocorreu porque o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro quebrou o sigilo da delação com a PF, homologada por Moraes, e falou sobre as investigações.
Nos áudios, Cid alegou a um interlocutor não identificado que o STF e a Polícia Federal (PF) estão com a narrativa pronta sobre as investigações, entre elas, a venda de joias recebidas de outros países e a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula.
“Eu vou dizer o que eu senti: eles já estão com a narrativa pronta deles, é só fechar e eles querem o máximo possível de gente para confirmar a narrativa deles. É isso que eles querem”, disse o tenente-coronel”, disse na gravação.
Antes, Cid passou quatro meses preso em um batalhão, em 2023, quando era investigado na operação sobre a falsificação de cartões de vacinação de Jair Bolsonaro, parentes e assessores.
Sem promoção
Nesta semana, a alta cúpula do militar não promoveu Mauro Cid a coronel. em teoria, tornar-se coronel era uma possibilidade mesmo preso isso porque Cid ainda não foi condenado.
Caso seja condenado a mais de 2 anos por pena restritiva de liberdade, o tenente-coronel deixará de ser militar e seu salário será repassado à esposa, como acontece quando um militar morre. As informações são do site G1.