Os estudantes do curso de Jornalismo do Campus XXIII da UNEB, em Seabra, estão na final da etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo com a série de reportagens “Agricultura Familiar e Afro-vivências: Memórias de Quilombos da Chapada Diamantina.” A cerimônia de premiação será realizada no dia 10 de setembro, na sede do Sebrae em Salvador, durante o 1º Encontro Baiano de Comunicadores.
A série foi produzida como parte da disciplina Telejornalismo II, contando com a colaboração dos discentes Ana Novaes, Ana Paula Oliveira, Taciere Santana, Magno Novais e Taisla Cintra. A edição ficou a cargo de Iago Aquino, sob a orientação da professora Juliana Almeida, que também é a coordenadora do curso. Este trabalho reflete o esforço e a dedicação dos envolvidos, evidenciando a qualidade do ensino e a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso.
A produção audiovisual, composta por cinco episódios, mergulha nas particularidades culturais e econômicas das comunidades quilombolas da região, além de abordar os desafios que elas enfrentam. O projeto retrata a vida em três comunidades rurais da Chapada Diamantina: Agreste, Vazante e Mulungu. Os episódios destacam a importância da educação, os desafios da agricultura familiar, os conflitos enfrentados e o rico patrimônio cultural dessas comunidades. A série visa promover o reconhecimento e valorização das identidades e lutas locais, além de explorar a cultura empreendedora da região. As reportagens estão disponíveis no canal da TV UNEB Seabra no YouTube.
A atividade de campo proporcionou uma valiosa experiência prática, enriquecendo significativamente a formação profissional dos alunos. “Foi um trabalho de imersão no telejornalismo e na realidade dessas comunidades. Os estudantes se dedicaram muito em todo o processo de produção. Ser finalista deste prêmio nos enche de orgulho”, disse a docente, Juliana Almeida.
A estudante Taciere Santana, uma das repórteres da série, detalhou o processo de produção das pautas. “A construção da série foi a coisa mais bonita do semestre passado. Em um curso que discute como a comunicação incide na territorialidade da Chapada Diamantina, trazer a pauta quilombola é também cumprir o papel de extensão e ampliar as vozes das comunidades. As narrativas de cada pauta foram construídas à partir de conhecimentos primários que já tínhamos, mas foi extremamente enriquecido no momento dos contatos e gravações. Ir aos quilombos e ser recebida com tanto carinho foi muito especial. Esse produto audiovisual é uma bela devolutiva diante da representatividade dos quilombos da Chapada”, destacou.
A estudante Ana Novaes destaca o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela turma. “Foi uma experiência intensa e enriquecedora, que foi marcada pela responsabilidade de dar voz aos quilombolas e permitir que eles mesmos narrassem suas histórias. Mostrando desde sua identidade, os desafios na educação, agricultura familiar até os conflitos territoriais e o rico patrimônio cultural dessas comunidades. Sem dúvidas, saímos dessa experiência com um profundo respeito pela resiliência, força e luta dessas comunidades, e com a certeza de que a valorização de seu patrimônio cultural é essencial para a construção de uma sociedade mais justa”, relatou.
O Prêmio Sebrae de Jornalismo, que chega à sua 11ª edição, tem como tema central deste ano “A contribuição dos pequenos negócios na transformação de realidades locais”. Jornal da Chapada com informações de assessoria.