O papa Leão XIV fez nesta quarta-feira (1º) sua crítica mais dura às políticas de imigração dos Estados Unidos, afirmando que o tratamento dado aos imigrantes no país é “desumano”. A declaração foi feita a jornalistas em sua residência de verão, em Castel Gandolfo.
“Alguém que diz ser contra o aborto, mas concordar com o tratamento desumano dos imigrantes nos Estados Unidos, não sei se isso é pró-vida”, afirmou o pontífice.
A Igreja Católica, que reúne cerca de 1,4 bilhão de fiéis, ensina que a vida é sagrada desde a concepção até a morte natural. Leão XIV, primeiro papa norte-americano, foi eleito em maio deste ano, após a morte do papa Francisco.
Críticas à política migratória
A Casa Branca respondeu às declarações, afirmando que Donald Trump foi eleito com base em promessas de campanha, incluindo a deportação de imigrantes ilegais condenados por crimes. “Ele está cumprindo sua promessa ao povo norte-americano”, declarou a porta-voz Abigail Jackson em comunicado.
O papa, mais reservado em estilo que seu antecessor, também foi questionado sobre a recente decisão da arquidiocese de Chicago de conceder um prêmio ao senador democrata Dick Durbin, de Illinois, que defende o direito ao aborto.
Posição sobre temas pró-vida
“É muito importante olhar para o trabalho geral que o senador tem feito”, afirmou Leão XIV, acrescentando que a Igreja deve considerar várias questões ligadas ao ensinamento pró-vida.
“Eu entendo a dificuldade e as tensões, mas acho que é importante olhar para muitas questões que estão relacionadas com o que é o ensinamento da Igreja”, completou.
O pontífice reforçou ainda sua posição contra a pena de morte: “Alguém que diz que é contra o aborto, mas que é a favor da pena de morte, não é realmente pró-vida.”
Jornal da Chapada














































