O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) se entregou à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (24). A prisão aconteceu após a PF receber na manhã de hoje o mandato de prisão expedido na sexta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o delator do mensalão. Segundo informações divulgadas pelo Twitter da PF, Jefferson se entregou aos policiais que faziam guarda em frente à sua casa, no Rio de Janeiro. Jefferson foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O mandado de prisão foi encaminhado à Vara de Execução Penal (VEP) do Rio de Janeiro. Ainda não se sabe onde ele cumprirá pena.
Na sexta, Barbosa negou o pedido de prisão domiciliar de Jefferson, que pediu para cumprir pena em casa alegando a necessidade de cuidados médicos por estar em tratamento de um câncer no pâncreas. Jefferson passou por uma cirurgia em 2012 para a retirada de um tumor e alega que ainda faz tratamento com injeções e passa por exames periódicos. Ele também diz que precisa de uma dieta rigorosa como parte do tratamento. Há duas semanas, Roberto Jefferson imaginava que poderia ser preso a qualquer momento. Na sexta-feira, por exemplo, ele pediu publicamente em seu twitter doações para o pagamento da multa do julgamento do mensalão, no valor de R$ 720 mil.
“Estou pedindo a amigos e todos que contribuírem, pessoa física, serão com depósitos identificados enviados ao STF”, disse o ex-presidente do PTB. Nesta semana, além de pedir doações, Jefferson teceu críticas ácidas ao PSDB após a renunciado do ex-deputado federal Eduardo Azeredo, réu do chamado mensalão mineiro, suposto esquema de desvios públicos semelhante ao mensalão do PT. “O PSDB, diferente do PT, se preocupou, com Azeredo, em perder capital político. Como diz o ditado, mineiro não é solidário nem no câncer”, ironizou Jefferson nessa semana.
No final do ano passado, a pedido de Barbosa, uma junta médica certificou que “do ponto de vista oncológico” não seria “imprescindível” a permanência de Jefferson em casa ou mesmo em um hospital para a continuação do tratamento. Além disso, a Procuradoria-Geral da República também se manifestou contra a prisão domiciliar do ex-parlamentar. Com informações do Portal iG e da Tribuna da Bahia.