Com boa parte dos candidatos já definidos uma parcela de partidos locais ainda não tomou a decisão quanto aos apoios que empenharão para campanha eleitoral que se aproxima. O PPS está entre os indecisos, e pode não seguir não a tendência nacional. O presidente da sigla, Roberto Freire, já declarou apoio a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e da ex-senadora, Marina Silva, inclusive com a participação em grandes eventos ao lado dos políticos.
Contudo, na Bahia pode não aderir ao projeto da socialista Lídice da Mata, candidata ao governo estadual. Segundo o presidente estadual da legenda e líder do governo municipal na Câmara, vereador Joceval Rodrigues, tudo dependerá das articulações da chapa proporcional. Em conversa com a Tribuna da Bahia, Rodrigues afirmou que a sigla consultou todos os seus filiados antes de tomar a postura de apoiar Campos e Marina. O diretório ainda autorizou que sejam conservadas as relações entre socialistas e os políticos do PPS onde já existia a afinidade, mas nos locais onde ainda não existisse parceria, novos planos poderiam ser adotados e por não ter candidato ao executivo, o partido baiano definiu o legislativo como prioridade.
“Somos democráticos. Nossa executiva, antes de deliberar ações, consulta seus filiados e eles decidiram essa postura nacional. Aqui é diferente, temos autonomia de escolher o melhor para articulação local do partido. Minha meta é apoiar um candidato na majoritária quem nos apresentar melhor proposta para a proporcional. Como não temos candidato a governador, destacamos nossa eleição para deputados estaduais e federais”, informou.
Quando questionado sobre a situação de ter um líder da Câmara em um partido que já havia firmado acordos nacionais com um partido que tem candidato a governador, o prefeito ACM Neto (DEM) desconversou. Questionado durante o Carnaval, o demista disse que “era cedo para tratar o assunto”, mas que assim que o candidato da oposição fosse escolhido, “procuraria todos os partidos disponíveis para o apoio”. Joceval achou correta a declaração do prefeito e reiterou que o PPS faz parte de uma frente com mais nove partidos que ainda está na articulação e viabilização da. Esse grupo é formado pelo PSDC, PRP, PMN, PTdoB, PPL, PEN, PTC, PRTB e o PPS.
“Essa frente deverá marchar unida e já foi procurada por todos os grupos, mas estamos à espera as novas resoluções. Estamos abertos às conversas, mas, como já disse, nosso foco é outro. Quem atender nossas demandas ajudaremos no processo também. O foco do PPS é se reestruturá-lo”, encerrou. Extraído da Tribuna da Bahia.