Em meio a escândalo da Petrobras no Brasil, na Bahia, o que sobressalta é o escândalo do Ferry-Boat. O verão já passou e a promessa do governador Jaques Wagner em resolver a situação de tortura – que os passageiros que utilizam o sistema marítimo enfrentam – não foi cumprida. Chegando o final de governo, a Bahia está recebendo dois ferrys usados há quatro anos e por um preço bem maior que o governador prometeu.
Em janeiro de 2013, Jaques Wagner disse que compraria dois Ferry-Boats novos por no máximo R$ 40 milhões, segundo release distribuído pela própria assessoria de comunicação do governo. “Na realidade, estão chegando dois ferrys usados e por R$ 57 milhões. Ou seja, o preço aumentou R$ 17 milhões. Isso sem falar na dispensa de licitação da obra de R$ 10 milhões, nos ancoradouros, embora o governo já soubesse há muito tempo que ela seria necessária e poderia ter feito a licitação normalmente”, afirmou o deputado estadual Carlos Geilson (PTN), em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia.
O parlamentar afirmou que a oposição até tentou instalar na Casa a CPI do Ferry-Boat, para que o povo baiano tivesse o real conhecimento de tudo o que vem acontecendo com o péssimo meio de transporte ao longo desses sete anos de governo do PT. No entanto, como afirma Geilson, os deputados governistas preferiram rejeitar a proposta.
“Os deputados governistas preferiram o deboche: criaram a CPI da telefonia. Ora, o PT é governo na Bahia, é governo no Brasil, mas não tem força nem competência para oferecer uma telefonia que preste. Não tem vontade política, nem competência para fazer com que a Anatel funcione. Essa CPI é uma espécie de ferro-velho, tal e qual o PT transformou o sistema Ferry-boat na Bahia. E agora empurram na população dois ferrys usados e anunciados como novos. Um absurdo!”, alfinetou Carlos Geilson.