A Lua sempre foi fonte de inspiração para apaixonados, poetas e pesquisadores. E, no próximo dia 15, ela vai oferecer outro bom motivo para admirá-la: seu eclipse total. Por mais que sua visibilidade seja ampla, os locais situados mais para o oeste do Brasil e do continente, principalmente quanto à parte final do evento, serão favorecidos. O astrônomo João Batista Garcia Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), destaca que, durante a evolução do fenômeno, a Lua estará entre a estrela Espiga e Marte. “E por estar mais próximo da estrela, fará do evento algo particularmente atraente”.
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“A tonalidade alaranjada que o nosso satélite natural costuma apresentar durante a fase de totalidade é uma característica desses eclipses. A luz proveniente do Sol que atinge a atmosfera da Terra é desviada sobre a Lua eclipsada, mas a atmosfera da Terra retém o lado azul do espectro de cores do Sol, resultando na cor alaranjada”, explica.
E segundo Jair Barroso, do Observatório Nacional, os dados das fases do eclipse mais importantes, em relação ao horário de Brasília são: início aproximadamente às 3h da madrugada (no lado poente), meio do eclipse total às 4h46min (já próximo ao raiar do dia no Rio de Janeiro, por exemplo) e final às 6h33min. “A duração do eclipse total, ou seja, a Lua imersa no cone de sombra da Terra será de 78 minutos”, relata.