Os servidores do Judiciário Federal em todo o país vão cruzar os braços nessa quarta-feira (21). O chamado “apagão judiciário” é uma atividade do dia nacional de lutas e será um alerta de que a categoria está disposta a partir para o enfrentamento caso o PL 6.613 não seja finalizado e encaminhado com agilidade. “O dia 21 de maio é dia de fechar varas e cartórios, e aderir ao movimento nacional pela melhoria salarial da categoria. A hora é agora! Todos no ‘apagão judiciário’ dando sinal vermelho para a defasagem salarial”, aponta texto publicado no site do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais (Sisejufe).
De acordo com Marina Schneider, que assina o texto no site do sindicato, “os trabalhadores não podem mais conviver com a defasagem salarial e a intransigência do governo em atender suas reivindicações. Enquanto a mesa de negociação elabora um substitutivo ao PL 6.613, precisamos manter a mobilização para enfrentar com força e organização as próximas etapas pelas quais o PL ainda terá que passar”.
Para Schneider, a categoria acompanha todo o processo e deve ficar atenta porque, mesmo que tudo transcorra conforme o esperado na negociação com o Supremo Tribunal Federal (STF), é possível que aconteça uma greve. “Teremos que estar prontos para encarar uma greve de pressão no Executivo, que é quem libera os recursos e não está afim de fazê-lo”.
Depois da aprovação do novo texto do PL, que deve ocorrer até a semana que vem, o STF e os demais tribunais superiores precisam bancá-lo politicamente e enviá-lo para a previsão orçamentária para que seja implementado dentro do prazo. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, já afirmou que vai apenas enviar o projeto ao Congresso e não intermediará a negociação com o Executivo.
Jornal da Chapada