Por Valter Xéu*
E baseado nisso, a mídia e os colunistas amestrados embarcam na “onda” repetem a fraude forjada pelo governo norte americano para mostrar ao mundo a sua versão dos fatos. Não precisa bater muito a cabeça, basta lembrar alguns fatos como o 11 de setembro, que quando começou o questionamento de certas “verdades” americanas, distribuídas fartamente aos meios de comunicação, a própria Casa Branca colocou o caso em um cerco de segredo, que só poderá ser aberto lá pelo ano 2070.
As bombas de Boston é outro forte exemplo. O governo queria aprovar um projeto no Congresso dos Estados Unidos que lhe daria mais recursos para armamentos (tão ao gosto da indústria armamentista) e ampliação e desenvolvimento do sistema de segurança. O projeto não andava e logo após as bombas de Boston ele foi aprovado a toque de caixa e sobrou para aqueles dois irmãos, cujas provas que o incriminavam, com certeza, já estavam prontas, seguindo a linha das provas que incriminaram mulçumanos pelos ataques de 11 de setembro.
QUEM BANCOU O GÁS SARIN
Nas lutas pela independência de Cuba contra o domínio da Espanha, os Estados Unidos não se envolveram: assistiam de camarote. Quando as tropas espanholas já estavam para se renderem aos cubanos, explode no porto de Havana o barco americano Maine onde morreram mais de 300 estadunidenses. O que fez Washington? Jogou a culpa nos espanhóis e declarou guerra aos já derrotados, que se renderam e negociaram em Paris a independência cubana com os americanos. Os cubanos não foram ouvidos.
Agora, os Estados Unidos, preocupados com a crescente ascensão da Rússia no âmbito internacional, tentam de todas as maneiras da um freio nisso. Washington ate hoje não engoliu as derrotas no Conselho de Segurança da ONU que quando queria o aval da entidade para uma invasão da Síria, sob alegação que o governo de Bshar al Assad tinha ultrapassado a tal linha vermelha instituída por Obama, com o assassinato pelo gás sarin de mais mil sírios as vésperas da chegada dos inspetores da ONU. O mundo todo acompanhou a versão americana. A Rússia entrou mais uma vez no cenário e provou de que a matança tinha sido realizada pelos rebeldes, financiados pelos Estados Unidos, Arábia Saudita, Reino Unido e Qatar e que o gás foi produzido por uma empresa norte americana.
A CULPA É DA RÚSSIA
No emblemático problema ucraniano, mais uma vez o papel da Rússia foi fundamental. Sentindo o que estava sendo desenvolvido por traz da entrada da Ucrânia na União Europeia, a adesão dessa a OTAN, o que permitiria tropas da organização rondando as suas fronteiras, a Rússia foi lá e ocupou a Crimeia e mantem forte presença em varias regiões.
A criação dos BRICS é outro fator que incomoda e muito Washington, que não vê com bons olhos a criação de uma força econômica fora da sua influencia. A criação de um banco, com um fundo de 100 bilhões de dólares para socorrer com empréstimos nações emergentes, tira de Washington o garrote que sempre usava nos empréstimos concedidos pelo FMI e Banco Mundial a esses países. A ameaça do grupo em deixar de usar o dólar como moeda oficial, tira o sono do governo norte americano que vê assim, o seu papel pintado perdendo cada vez mais o valor no mercado financeiro internacional.
O míssil disparado que derrubou o avião malaio tinha outro endereço: o avião que levou de volta Putin para Moscou, depois de suas andanças pela América latina. Ou pode ate mesmo, derrubar qualquer avião de passageiros e colocar a culpa nos rebeldes e chegar ate os russos. Os registros históricos (1) mostram que Washington simplesmente ocultará todas as informações, se comprovarem que seus vassalos em Kiev lançaram um míssil contra avião de passageiros. Aconteça o que acontecer, só há, de garantida, a resposta ocidental histérica de sempre: foi a Rússia. A culpa é da Rússia.
O ABATE PELOS EUA DO VOO 655DA IRAN AIR
Um dos mais polêmicos ataques americanos contra civis inocentes ocorreu há exatos 24 anos, (2) no calor da guerra entre o Irã do então aiatolá Khomeini e o Iraque do ditador Saddam Hussein, aliado de Washington. Na manhã de 3/7/1988, um navio de guerra dos EUA disparou dois mísseis contra um Airbus A300 da Iran Air, matando na hora as 290 pessoas a bordo, incluindo 66 crianças. Entre as vítimas havia cidadãos de Irã, Índia e Itália, dentre outros países (…)
(1) Pepe Escobar: Míssil de Putin
(2) 2/7/2012, Samy Adghirni, Folha de S.Paulo em: “Iran Air 655. O dia em que os EUA mataram 290 civis inocentes”
*Valter Xéu é jornalista e editor dos portais Pátria Latina e Irã News