Quase trezentos mil motoristas da Bahia estão com a Carteira Nacional de Habilitação – (CNH) vencida, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA). Destes, 96.187 são da capital, e os demais dos municípios de Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista, Jequié, Alagoinhas, Simões Filho, Juazeiro, Barreiras e Eunápolis. Segundo o órgão, dirigir com habilitação vencida é considerado infração grave com multa no valor de R$ 574,62 e menos sete pontos na carteira. Além de gerar multa, dirigir sem habilitação pode ocasionar outros danos para o condutor, como ter o veículo apreendido. Ainda são cobrados os valores do guincho, numa média de R$ 50 para motos e R$ 80 para carros, mais a diária do pátio de recolhimento, que é de R$ 25 para motos e R$ 30 para carros. O Detran informou que de janeiro a julho deste ano que foram aplicadas 283.562 multas.
É cada vez mais comum presenciarmos casos de adolescentes que pegam os carros, sem a autorização dos pais, e acabam causando acidentes graves. No Brasil, as leis de trânsito são bem rigorosas, mas dirigir sem a Carteira de Habilitação não é crime, de acordo com a Instituição. Em casos como esse, os pais devem responder pelos atos de quem não é habilitado quando há um acidente ou infração, ou seja, uma prisão em flagrante. Para alguns gestores em trânsito e transporte, o grande risco de se ter pessoas dirigindo sem a CNH é o desconhecimento das normas de circulação no trânsito que as deixam propensas a causar problemas, seja transitando na faixa da esquerda, obstruindo o tráfego, seja não sinalizando uma manobra e aumentando a probabilidade de acidentes.
A Emissão da Carteira Nacional de Habilitação definitiva é emitida para condutores habilitados que tenham completado mais de 1 ano de habilitação provisória (Permissão para dirigir). O valor estimado para renovação é de R$67,00. Apesar da multa, as justificativas utilizadas por quem comete a infração são as mais variadas possíveis. A analista financeira Verena Silva Cordeiro disse que antes de tirar a carteira definitiva, dirigiu por um ano na clandestinidade. “A obrigatoriedade das aulas de direção leva as pessoas a cometerem a infração. Eu não tinha carteira e ainda estava treinando. Então, sempre que precisava olhava os locais que não tinha blitz e passava. Hoje sei que isso não é correto. Mas a burocracia faz com que as pessoas fiquem na informalidade”, disse a analista. Extraído na íntegra da Tribuna da Bahia.