A presidente da República e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, reforçou nesta terça (2) a importância dos movimentos sociais e centrais sindicais, mobilizados até o dia 7 de setembro, para chamar a atenção sobre a reforma política e para um plebiscito sobre o assunto. Dilma visitou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e fez uma caminhada até a Igreja Matriz de São Bernardo do Campo. “Isso para que possamos de fato construir as condições necessárias para a adoção de uma reforma política mais ampla e democrática que assegure e transparência e a preservação dos interesses da população com relação ao uso da coisa pública. Uma reforma política tem um conteúdo eleitoral, mas tem também um conteúdo ligado à reforma das instituições políticas”.
Dilma disse que desde o início da discussão sobre o assunto tem a convicção de que a participação do povo é fundamental e sem isso não haverá reforma política. “Tanto é assim que nós enviamos para o Congresso Nacional uma proposta de reforma política com a convocação de um plebiscito e até agora não foi aprovado”. Antes de começar a caminhar por uma das principais avenidas de comércio popular da cidade, a candidata disse que pretende receber as propostas de reforma política. “É uma questão fundamental para o futuro do nosso país. Se queremos mesmo um processo democrático que resulte em transformações para o nosso país, que garanta uma governabilidade muito melhor e mais efetiva, precisamos da reforma política”.
Para a candidata, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) é momentânea e se deve à seca, menos dias úteis por causa da Copa do Mundo e a crise do mercado internacional. “E que a crise não acabou, apesar de ter diminuído de intensidade, como apontam vários indicadores, mas hoje saiu um número que indica aumento da atividade da indústria brasileira, o que é muito importante”, disse, em referência ao aumento da produção industrial de 0,7% de junho para julho.
Dilma destacou que sua proposta de governo contempla políticas industriais com o intuito de manter o crescimento do emprego. “Sem política industrial, o Brasil não consegue fortalecer a indústria”. Dilma também fez críticas ao programa de governo da candidata Marina Silva (PSB), que segundo Dilma, “reduz a pó a política industrial. Tira o poder dos bancos públicos de financiar a indústria e a agricultura”. A candidata ainda defendeu a criminalização da homofobia. “Ser contra a homofobia é uma questão de civilidade no nosso país. Sempre fomos a favor da criminalização da violência e processos que levem à morte de outros seres humanos”. Da Agência Brasil.