Trinta e nove municípios brasileiros irão receber novos cursos de Medicina como parte da estratégia do Programa Mais Médicos de expansão da formação do país. O anúncio foi feito pelo governo federal na quinta-feira (4). Municípios com mais de 70 mil habitantes de 11 estados foram contemplados; na Bahia, os cursos chegarão às cidades de Alagoinhas, Eunápolis, Guanambi, Itabuna, Jacobina e Juazeiro.
Na seleção das 39 cidades, o MEC levou em conta a necessidade social do curso, a estrutura da rede de saúde para realização das atividades práticas e a capacidade para abertura de programa de residência médica. Os municípios que passaram pela avaliação de uma comissão de especialistas estão em regiões metropolitanas e no interior, e nenhum deles é capital. Outros sete municípios terão prazo de seis meses para fazerem as adequações recomendadas na rede pública de saúde para habilitação dos novos cursos.
As instituições de ensino superior que assumirem a responsabilidade de abrir os cursos devem realizar investimentos na rede de saúde – os valores aplicados são, inclusive, critério para a seleção das IES –, além de implantar programa de residência médica de modo a garantir a especialização dos profissionais após o término da graduação.
Pesquisa de avaliação do Mais Médicos
Na quinta (4), o Ministério da Saúde também divulgou a primeira pesquisa de avaliação junto a usuários do Mais Médicos, que completou um ano. Cerca de 4 mil entrevistas foram realizadas em 200 municípios de todos os estados do país que contam com médicos do programa. O levantamento foi conduzido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).
Quase a totalidade dos entrevistados (95%) disse estar satisfeita com a atuação dos médicos e deu notas acima de 8 à atuação dos profissionais. Os itens que mais evoluíram na opinião dos usuários se referem às questões diretamente relacionadas ao atendimento dos pacientes pelos médicos.
A pesquisa revelou que 74% dos entrevistados acreditam que o Mais Médicos está melhor do que o esperado, contra 19% que acham que está como se esperava e 2% consideram que o Programa está pior do que o objetivo traçado. Extraído do Correio 24h.