A Câmara dos Deputados realizou, nesta segunda-feira (17), uma sessão solene para homenagear os 30 anos do MST. Proposta pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), a iniciativa deu oportunidade ao parlamentar de apresentar à Casa a unidade dos diversos movimentos de luta pela terra, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf). De acordo com Assunção, a organização política do Sem Terras trouxe conquistas importantes para o povo camponês. “Hoje são quase 130 mil famílias acampadas e os assentamentos já organizaram mais de 100 cooperativas e mais de 1900 associações em todo o Brasil. Filhos de trabalhadores rurais puderam estudar e se formar em universidades públicas. O movimento é o maior produtor de arroz orgânico do país e é reconhecido internacionalmente por sua ação na área dos direitos humanos” informa o parlamentar baiano, que é oriundo do MST.
Durante as homenagens, militantes Sem Terra portaram bandeiras, produtos da reforma agrária, além de projetar fotos, que contava a história do movimento, para os participantes. De acordo com o deputado federal Marcon (PT-RS), assentado da reforma agrária, o embate com o latifúndio está no cotidiano da Câmara dos Deputados. “Aqui a União Democrática Ruralista ainda é presente. Eles não conhecem que o MST se relaciona com diversos países latinoamericanos, da Europa, de todos os continentes”, argumenta. Também presente na sessão, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) lembrou da importância das mulheres para as conquistas referentes à reforma agrária. Já segundo o federal Fernando Ferro (PT-PE), “o MST é um pedaço da luta pela cidadania e democracia no país”.