Um novo balanço divulgado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), na tarde desta quinta-feira (27), revela que o número de casos confirmados de chikungunya subiu de 764 para 843 em todo o estado, o que configura um aumento de 10,3%. De acordo com o boletim estadual, houve avanço na quantidade de casos confirmados nos municípios de Feira de Santana (563 para 641) e Riachão do Jacuípe (196 para 197). Em relação ao último levatamento, quatro cidades que também apresentaram casos da doença não tiveram alteração nos registros confirmados: Salvador (2), Alagoinhas (1), Cachoeira (1) e Amélia Rodrigues (1).
O novo balanço ainda destaca que, em relação à última análise, o número de casos suspeitos da doença passou de 1.848 para 1.903. As ocorrências foram registradas em 70 municípios até quarta-feira (26). A Sesab destaca que as pessoas que contraíram o vírus chikungunya têm algum tipo de vínculo com Feira de Santana. Segundo a secretaria, entre os casos notificados, 29 foram hospitalizados. A faixa etária mais atingida compreende os adultos, entre 20 e 49 anos. A maioria dos casos ocorreu em mulheres (66,54%).
Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa. Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus chikungunya pode ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, e a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O risco aumenta em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades. Extraído do G1.