Os sindicalistas do município de Piritiba, na Chapada Diamantina, criticaram a jornada pedagógica realizada pela atual gestão, comandada pelo prefeito Ivan Cedraz (PSB). De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindsemp), Cleide Lima, “o professor é o profissional que tem a capacidade de conduzir o indivíduo das trevas para a luz”, mas que a gestão não valoriza o professor e acusa o gestor socialista de perseguição. “Tenho que enfatizar a perseguição e ameaças que o prefeito faz à presidente do sindicato e à diretoria”, informa Lima ao Jornal da Chapada. Segundo a presidente do sindicato, o piso salarial do magistério público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir de cada ano.
“Como sempre, o gestor costumeiro em manobrar a legislação não cumpriu nem explicou ao Sindsemp o motivo de não seguir a determinação de aumento do piso salarial. Em meio às mazelas do prefeito, ele tenta desviar o foco com os canteiros de obras, embora inacabados, sabemos que o município tem sido contemplado com muitas obras do governo federal, que irão transformar-se em elefante branco, prática recorrente da atual gestão. Enquanto isto, ele [o prefeito] segue com as perseguições, ameaças e cortes dos direitos das dirigentes sindicais”, descreve Cleide Lima.
Ainda segundo a direção do sindicato, o piso salarial é lei e o município é obrigado a pagar piso salarial nacional aos profissionais do magistério da rede municipal de ensino. Conforme a Lei Nº 11.738, de 16 de Julho de 2008, o piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de no máximo 40 horas semanais. Vale ressaltar que o professor que tem 20 horas semanais na sua carreira inicial deverá receber como base 50% do valor do piso.