A recém-criada Secretaria de Desenvolvimento Rural vai orientar as políticas públicas para a população do campo e deve envolver ações de infraestrutura, assistência técnica, apoio à agricultura familiar, acesso à terra e a créditos, participação social, agroindústria e fomento dos assentamentos de reforma agrária. A afirmação é do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que defendeu a gestão do governador Rui Costa estabelecendo diretrizes e planejamento estratégico do primeiro mandato. “Esta semana o secretário Jerônimo Rodrigues e todo o corpo técnico da nova pasta apresentaram o planejamento focado no avanço da qualidade de vida de mais de quatro milhões de pessoas que vivem no campo. A zona rural precisa de mais políticas públicas para manter as famílias em seus locais de origem, mas, sobretudo, para atender às demandas diretas desse grupo de baianos. Vamos auxiliar da melhor maneira, para que investimentos cheguem aos assentamentos do interior”, destaca Valmir.
Com a estratégia de criar pequenas estruturas no campo, envolvendo o estado e as prefeituras como os serviços Territorial e Municipal de Apoio à Agricultura Familiar (Setaf e Semaf), a nova pasta terá o desafio de organizar as políticas e fazer com que elas cheguem a todas as regiões do estado. Os movimentos sociais de luta pela terra apoiaram a iniciativa do governo baiano e aguardam o andamento das demandas, principalmente no semiárido. Para o deputado petista, “a SDR também vai auxiliar na orientação passada pelo governador Rui Costa para a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento [SIHS] para levar água de qualidade aos assentamentos na Bahia”.
“Já houve reunião esta semana no governo para traçar metas para atender cerca de 25 mil famílias nesta gestão. Entidades devem construir plano para monitorar áreas críticas, seguir as demandas e criar projetos e programas para aumentar o abastecimento de água e sistema de rede de esgoto em diferentes regiões do estado”, detalha Assunção. O parlamentar petista se refere ao encontro entre o secretário da SIHS, Cássio Peixoto, o chefe de gabinete, Wilson Brito, o superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Luiz Gugé, e o dirigente Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Márcio Matos. Dados divulgados pelo Incra apontam que existem atualmente mais de 50 mil famílias assentadas no estado baiano.