A comemoração aos 30 anos da Axé Music, gênero que desde a criação tem ajudado a divulgar a Bahia no Brasil e no mundo, começou a todo vapor no Circuito Osmar (Campo Grande). Na noite desta quinta-feira (12), o cantor Bell Marques arrastou milhares de baianos e turistas até a Praça Castro Alves. O artista é uma das grandes estrelas da Bahia contratadas pelo Governo do Estado para animar os foliões, por meio do projeto Carnaval Pipoca (trio sem cordas) da Secretaria de Cultura do Estado (Secult). Ao passar pelo Camarote do Governo da Bahia, Bell cumprimentou o governador Rui Costa e a primeira dama do Estado, Aline Peixoto. “É um grande prazer abrir mais uma vez o Carnaval. Este é meu primeiro Carnaval em carreira solo. Fico muito feliz pelo convite. Parabéns pelo que vocês [do Governo do Estado] fazem e pelo que ainda vão fazer pela Bahia”, disse o cantor.
Apaixonada por Carnaval, principalmente a folia fora dos blocos, a funcionária pública Karine Oliveira, moradora do bairro do Canela, foi com amigos e familiares ver a passagem de Bell Marques pelo Campo Grande. “Era um desejo da população que Bell saísse sem cordas”. Ela gosta de ser foliã pipoca porque “é mais livre, tem mais liberdade, [e] a gente vê todas as caras se misturando”. A cantora Margareth Menezes também animou quem foi ao Circuito Osmar, por meio do projeto Carnaval Pipoca. Já na Barra, os foliões pipoca puderam curtir sem nenhum custo as bandas Parangolé, Babado Novo, Araketu e Patchanka.
Terceira idade
Há quatro anos, integrantes do Grupo de Convivência de Idosas Reviver participam do Carnaval na avenida, a convite do cantor e compositor Tonho Matéria, que comanda o bloco Capoeira, no Campo Grande. Elas têm entre 60 e 93 anos e, três vezes na semana, participam de diversas atividades no Centro Social Urbano (CSU) Nordeste de Amaralina, como ginástica, natação e capoeira, recebendo ainda assistência psicossocial. O CSU é uma das iniciativas da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) para promover a inclusão social na Bahia.
De acordo com Andréia Macedo, coordenadora do CSU, do qual as idosas fazem parte, a intenção da secretaria, ao incentivar a participação delas no Carnaval, é estimular o protagonismo feminino na terceira idade. “É uma atividade transversal para fazê-las compreender a importância de participar [do Carnaval], da cultura popular e da troca de experiência com os mais jovens”.
Com 66 anos e disposição de fazer inveja a muitos jovens, dona Zildete Couto, que mora no Nordeste de Amaralina e faz parte do Reviver, foi para a avenida e mostrou que tem samba no pé. “Carnaval é maravilhoso. É a festa mais gostosa. Eu amo Carnaval. Me dá energia, me dá saúde e eu fico radiante da vida”, vibrou a dona de casa.