O PSDB anunciou nesta quarta-feira (11) que vai apoiar as manifestações contra o governo da presidenta Dilma Rousseff convocadas para o próximo domingo (15) em várias cidades do país. O partido acrescentou que participará dos protestos. “O PSDB, através de seus militantes, simpatizantes e várias de suas lideranças participará, ao lado de brasileiros de todas as regiões do país, desse movimento apartidário que surge do mais legítimo sentimento de indignação da sociedade brasileira”, informa a nota divulgada pelo partido nesta tarde, assinada pelo presidente da legenda, Aécio Neves, e pelos líderes do partido no Senado, Cássio Cunha Lima, e na Câmara, Carlos Sampaio.
No texto, o PSDB diz que as manifestações são legítimas em um país que vive “em plena democracia” e que a liberdade de pensamento é uma garantia constitucional. “O PSDB defende a livre manifestação de opinião e o direito à expressão dos cidadãos e, portanto, apoia os atos pacíficos e democráticos convocados para o próximo dia 15 de março em todo o país.” Para a legenda, as ações programadas fortificam o ideal democrático. “Mais do que uma garantia constitucional, a liberdade de pensamento e de crítica é fundamento essencial para o fortalecimento da vida democrática e o enraizamento social dos valores republicanos.”
O partido não faz nenhuma referência a eventuais pedidos de impeachment de Dilma, defendido por algumas das entidades que organizam os protestos. “O PSDB repudia a atitude daqueles que, em nome de seus interesses partidários, cerceiam e deturpam o direito à livre manifestação, e tentam convencer a população de que a crítica aos governantes se confunde com atentados contra a ordem institucional e o Estado de Direito.”
No texto, o PSDB diz que um dos principais propósitos dos protestos é cobrar punição para ações corruptas. “Ao contrário de que alguns tentam fazer crer, os protestos que ocorrem nas redes sociais e nas ruas não defendem um terceiro turno, mas a rigorosa apuração de responsabilidades sobre a corrupção endêmica incrustada no corpo do Estado nacional, e cobra o abandono dos compromissos assumidos publicamente com a população”. Da Agência Brasil.