Investimentos superiores a R$ 700 milhões, destinados a obras de ampliação e modernização de 20 aeroportos regionais baianos, aumentaram a capacidade do transporte de cargas e passageiros. A principal companhia deste segmento – a Azul Linhas Aéreas – registra média de 80% na ocupação dos assentos em voos criados desde 2013 que atendem as cidades de Feira de Santana, Lençóis, Teixeira de Freitas, Valença e Paulo Afonso. O conjunto de ações, que melhora a logística para a implantação de indústrias no interior do estado, tem ainda incentivos fiscais para criação de novas rotas.
Os terminais foram contemplados com recursos do Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos, do governo federal, e do Programa Estadual de Aviação Regional. Inaugurado em fevereiro, o trecho Feira de Santana-Campinas (SP) aumentou de três para cinco voos semanais. O aeroporto da cidade passa por estudos para a implantação de nova pista destinada ao transporte aéreo de cargas. O objetivo é aproveitar a localização do município como importante entroncamento rodoviário e parque logístico.
Também recebem investimentos e têm voos para Salvador e cidades de outros estados, os aeroportos de Vitória da Conquista e Barreiras. Segundo o secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, os investimentos na aviação regional impulsionam a economia ao favorecer setores que vão do turismo à indústria. “A possibilidade de voos para vários destinos não serve apenas para atrair turistas. Também é uma forma de atração de empresas, facilitando a instalação em cidades que possuam ligação aéreas com outros municípios do estado e do Brasil”.
Melhoria estrutural
A rota Salvador-Paulo Afonso foi ampliada de dois para cinco voos semanais, mesmo número do itinerário entre Teixeira de Freitas e a capital baiana. Para ampliar a oferta de rotas regionais, está sendo estudada a viabilidade de voos comerciais na cidade de Guanambi, no centro sul do estado.
Além dos investimentos em melhoria estrutural, o Governo da Bahia oferece incentivo, por meio da redução do ICMS sobre o combustível de aviação, para as companhias que operam voos comerciais no interior.
Cavalcanti cita o exemplo da crescente demanda pelo transporte aéreo em Vitória da Conquista, que passou de 33 mil passageiros/ano em 2006 para mais de 530 mil pessoas no ano passado. O fluxo será ainda maior com a entrega do novo aeroporto da cidade. Em construção, o terminal está previsto para ficar pronto em 2016, tendo capacidade para aeronaves como o Boeing 737 e o Airbus 320.