A bancada de oposição na Assembleia Legislativa não pretende deixar passar em brancas nuvens o aumento da gasolina que entra em vigor a partir de primeiro de abril, só na Bahia. O deputado Fábio Souto (DEM) quer que o governo revogue o reajuste de 3% na alíquota do ICMS dos combustíveis, fruto de um Projeto de Lei do Executivo aprovado pela Casa Legislativa em dezembro de 2014, com voto contrário de toda a bancada da Oposição. A proposta enviada pelo então governador Jaques Wagner aumentou de 27% para 30% o imposto que incide sobre a gasolina, criando o Fundo Estadual de Logística e Transporte com a justificativa de garantir recursos para a manutenção e recuperação das estradas.
“Só que, mais uma vez, penalizando o bolso do consumidor que já não aguenta tanto aumento de tarifa. Vai ser um baque no orçamento”, criticou Souto, lembrando que há menos de um mês a população enfrentou reajuste nos combustíveis, aumento na tarifa de energia, além do aumento generalizado nos preços dos produtos nos supermercados. “É uma carga tributária muito alta, de mais de 40%, o povo não aguenta mais”, refletiu o deputado, observando que está nas mãos do governador Rui Costa o poder de vetar o aumento.
O líder da oposição, Sandro Régis (DEM), disse que essa é mais uma “herança maldita” de Jaques Wagner, carimbada pelo atual governador Rui Costa. ” O governo da Bahia segue o modelo do governo federal, repassando pra o sofrido trabalhador brasileiro o ônus da sua ineficiência e má gestão”, disparou o democrata, informando que com o aumento, os baianos pagarão a gasolina mais cara do país, num preço médio de R$ 3,57, superando inclusive a do Acre que é de R$3,46.