O Painel Independente de Alto Nível sobre Operações de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado em Salvador, começou nesta segunda-feira (30) e segue até terça-feira (31). Criado em outubro de 2014, pela ONU, o painel tem o objetivo de avaliar o estado atual das operações de paz das Nações Unidas e identificar as necessidades que deverão emergir no futuro, como uma maior proteção a civis em áreas de conflito, melhoria do desempenho das tropas, igualdade de gênero, novas tecnologias em apoio às operações, parcerias estratégicas, entre outros assuntos. Na capital baiana, o evento contou com a participação do ministro da Defesa Jaques Wagner, do presidente do Timor-Leste entre 2007 a 2012 e Prêmio Nobel Ramos Horta, além do embaixador Carlos Antonio da Rocha Paranhos.
Na abertura do encontro, Wagner falou sobre a importância de se pensar em mecanismos para que o número de mulheres e meninas que sofrem com a violência de gênero relacionada a conflitos seja menor. Na mesa de abertura do evento, Ramos-Horta, que é líder do Painel sobre Operações de Paz e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1996 pelo esforço em terminar com a opressão no seu país, enfatizou que as missões desta natureza devem permanecer como ferramenta eficaz de manutenção da paz, mas ponderou que é preciso pensar em novas formas de se adaptar aos desenhos políticos atuais.
Já o vice-ministro de Assuntos Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Antonio da Rocha Paranhos, passou alguns dados que demonstram a magnitude das missões ao longo do globo terrestre. São 120 países que contribuem com militares e policiais e 120 mil homens e mulheres nos cinco continentes sob o símbolo da ONU.
Durante cinco meses, o evento percorreu outros continentes, com encontros em Genebra, Bangladesh, Nova Iorque e Adis Abeba. Para este painel, estão reunidos no Brasil representantes de alto nível de quase todos os países da América Latina e Caribe, da área de Defesa, Segurança, Relações Exteriores, Academia e Sociedade Civil. Ao todo, participam seis países da América do Sul, dez da América Central e Caribe e um da América do Norte. Todos os debates do seminário serão enviados para o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, em maio deste ano. Do Portal G1,