O prefeito ACM Neto (DEM) só tratará de seu futuro político a partir de setembro. A informação é da sua assessoria de imprensa, após questionamentos sobre uma possível resposta ao convite feito pela executiva nacional do PTB para integrar os quadros do partido. Ontem, reportagem da Tribuna mostrou que o secretário-geral do PTB, o deputado Campos Machado (SP), confirmou ter encaminhado um e-mail ao gestor soteropolitano, colocando o partido à sua disposição caso queira deixar o DEM. O dirigente petebista informou que a comunicação foi feita há dez dias e, por ACM Neto ser considerado por ele um “rapaz rápido, fino, interessado e educado”, Machado tinha a certeza que o político iria respondê-lo.
Se ACM Neto não vai mais se pronunciar, pelo menos até as vésperas do prazo dado pela Justiça Eleitoral para que políticos que queiram disputar as eleições em 2016 decidam seus destinos partidários, nenhum democrata baiano se arriscará a dizer quais serão os próximos passos do seu líder político. Pelo menos até lá, a certeza é que ele permanecerá no DEM.Com mais um convite, o prefeito soma quatro – PMDB, PSDB, PDT e PTB – os partidos que estão de portas abertas, caso queira se mudar de agremiação. Confirmado apenas estariam o PDT e o PMDB, dois partidos que o prefeito já teria descartado uma possível filiação.
Na sexta, de volta a Salvador após seis dias em Roma, na Itália, onde se encontrou com o papa Francisco, ACM Neto retornou à sua rotina administrativa à frente da prefeitura. O democrata se encontrou com Carlinhos Brown no Candeal, após um longo jejum desde o Carnaval, para lançar a candidatura de Salvador ao título de “Cidade da Música”, oferecido pela Unesco. Durante discurso, o prefeito voltou suas críticas novamente ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas, desta vez, ficou em âmbito administrativo.
O prefeito reclamou do não repasse de recursos da União, que foram prometidos pelo governo federal, para ajudar a prefeitura com os estragos causados pelas chuvas nos últimos meses. “O que foi disponibilizado pelo governo federal foi muito pouco, cerca de R$ 1,7 milhão, sendo que a prefeitura gastou mais de R$ 60 milhões com os reparos”, criticou. Texto extraído na íntegra da Tribuna da Bahia.