Após aguardar pacientemente a ação da prefeitura de Salvador para fazer valer as decisões tomadas nas assembleias da Campanha Salarial 2015, os servidores municipais foram tomados de surpresa, ao analisar os textos das mensagens enviadas ao Poder Legislativo. Contrariando os acordos feitos no último mês de junho, a prefeitura de Salvador “esqueceu” de incluir o reajuste do auxílio alimentação da categoria, no mesmo percentual aplicado aos salários. O índice integral de 6,5% (seis e meio por cento) deve ser aplicado retroativo ao mês de maio de 2015.
Outro duro golpe foi sentido pelos agentes e técnicos administrativos. Essas funções reafirmadas no Plano de Cargos e Vencimentos aprovado em julho de 2014, agora constam como cargos a serem extintos na administração municipal. A situação está causando temor nos servidores que exercem essa função na máquina pública. O desenvolvimento e execução de projetos em áreas como mobilidade urbana, ordem pública, saúde e infraestrutura correm risco de sofrer soluções de continuidade por conta da decisão unilateral da prefeitura de Salvador.
Para o coordenador do Sindicato dos Servidores da prefeitura do Salvador (Sindseps), Bruno Carianha, a situação causou perplexidade durante a análise dos projetos em tramitação na Câmara Municipal. O dirigente aponta o risco dessas atividades serem tocadas com o mecanismo da terceirização. “Estamos espantados com essa intenção de extinguir os cargos indispensáveis ao serviço público. A terceirização já está se preparando para entrar em campo e dominar funções inerentes ao servidor municipal. Com isso vem a falta de eficácia da máquina pública e a precarização da mão de obra”, disparou Carianha.
“Vamos mobilizar a categoria em todos os órgãos da administração municipal para demonstrar a insatisfação que acomete a todos neste momento. Em nenhum momento esta pauta foi tratada na Mesa de Negociação. Não podemos permitir que isso aconteça, pois causará danos ao Município. Vamos sensibilizar os vereadores de que esta aberração não pode ser aprovada”, concluiu. As informações são do Sindseps.