O turismo ganha um novo aliado para o desenvolvimento econômico da região da Chapada Diamantina. Graças ao avanço da fruticultura, a cidade de Morro do Chapéu, localizada no circuito Chapada Norte, se prepara para expandir o cultivo de uvas, tornar-se a nova fronteira para produção de vinhos no Nordeste, e entrar na rota do enoturismo – segmento da atividade turística que se baseia na viagem motivada pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos e da tradição e cultura dos locais onde a bebida é produzida.
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Nos últimos anos, por meio de estudos e experimentos, evidenciou-se que Morro do Chapéu reúne as condições ideais de clima e solo para a produção de frutas como uva, abacaxi, maçã, tomate cereja e morango. O plantio de uvas começou em 2010, a partir de uma parceria entre produtores, prefeitura, governo estadual e a União das Cooperativas da Região de Champanhe, na França, num investimento inicial de R$ 350 mil. No município, já foram colhidas três safras de uvas (2012, 2013 e 2014), numa área experimental de 1,5 hectare, e produzidos os primeiros vinhos, com resultados técnico-enológico satisfatórios, no que se refere à qualidade obtida da bebida, atestada, inclusive, pela Embrapa/Cpatsa (PE).
As condições climáticas e de altitude (1.200 m acima do mar) são ideais para uvas de boa qualidade. A região recebe duas vezes mais chuva que Petrolina e Juazeiro, principal polo vinícola do Nordeste. A ideia é complementar a produção do Vale do São Francisco, que produz 7 milhões de garrafas por ano. Mas, para isso, é preciso atrair vinícolas, focando nas de pequeno e médio porte para produzir vinhos de qualidade. A primeira colheita comercial está prevista para ocorrer em dois anos. Jornal da Chapada, com informações da Secom e Folha de S.Paulo.