A comunidade quilombola do Vazante, no município de Seabra, na Chapada Diamantina, continua contribuindo ativamente com o projeto da construção da Barragem de Baraúnas, que beneficiará cerca de 60 mil pessoas, com recursos da ordem de R$ 64 milhões. A Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento do Estado da Bahia (SIHS) realizou nova rodada de debate, onde os moradores da localidade afirmaram não ser contra a obra e reforçaram a necessidade de garantias dos seus direitos sobre as terras e preservação da sua história. Outra reunião será agendada, para dar prosseguimento à consulta pública.
A SIHS apresentou a lista das medidas de mitigação/compensação devido à construção da barragem, proposta pela secretaria, que inclui desde a construção de edificações e infraestrutura, como a oferta de água, energia elétrica e inclusão digital, bem como assistência social, de saúde, educação, aquisição de bens e utensílios, dentre outras.
De acordo com o secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Cássio Peixoto, a meta do Governo do Estado é desenvolver ações, obras estruturantes que resultem no restabelecimento da oferta regular de água com qualidade. “Porém, ouvindo as comunidades e deixando claro que o bem estar de cada um deles é a nossa prioridade, ampliando o desenvolvimento econômico e social, mas com todo o zelo nas questões ambientais”, fez questão de frisar.
O encontro contou com ampla representação de órgãos de governo e da sociedade civil organizada, como representantes da Fundação Cultural Palmares, Defensoria Publica do Estado da Bahia, Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb), empresa ligada à SIHS, Câmara dos Vereadores de Seabra, Conselho Quilombola, Ministério Público do Estado da Bahia, Casa Civil, Prefeitura do município de Boninal, Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), membros da Associação dos Quilombos de Vazante, membros da comunidade de Vazante, Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia (Seagri), Instituto Federal da Bahia (Ifba) e do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Habitação Popular (Thaba), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).