As mudanças nos ministérios anunciadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) nesta sexta-feira (2) foram apontadas pelo vereador Luiz Carlos Suíca (PT) como necessárias para manter o governo com projeção de crescimento. Para o edil petista, a grande vitória para os movimentos sociais foi a permanência da ministra Nilma Lino Gomes, que assume o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. “Estivemos juntos recentemente e acreditei na permanência de Nilma por vários motivos. Primeiro que ela tem atuado para resgatar a autoestima dos povos tradicionais e de manter um legado que reconheça a história de luta do povo negro. Segundo que essa iniciativa foi um marco para o país, que antes excluía os negros das políticas públicas, hoje somos parte da sociedade e queremos mais”, aponta Suíca.
O vereador de Salvador ainda diz que a ministra, que é mineira e formada em pedagogia, terá um longo trabalho pela frente nas questões feministas e de direitos humanos, que sempre foram setores frágeis de nossa sociedade. “Estamos cientes que precisamos avançar muito mais em questões como equidade salarial, luta contra a violência doméstica, contra o extermínio do povo negro, contra as agressões e assassinatos à comunidade LGBT deste país. Somos todos iguais. Recentemente, foi aprovado na Câmara Federal o estatuto da família, que rejeitou o casal homoafetivo como núcleo familiar, isso é um absurdo, família é onde tem amor. Sem sombra de dúvida temos muito o que lutar pela frente neste país”, completa o petista, que é líder da oposição na Câmara de Salvador.
Sobre a ministra Nilma Lino
Mineira, natural de Belo Horizonte, a pedagoga também é pesquisadora das áreas de educação e diversidade étnico-racial, com ênfase especial na atuação do movimento negro brasileiro. Foi a primeira mulher negra a chefiar uma universidade federal ao assumir, em 2013, o cargo de reitora pro tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Nilma Lino estava no comando da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).